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Brasil aumenta para dois o número de aviões com ajuda humanitária para Moçambique

Foto Reuters
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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou na quarta-feira que vai enviar na sexta-feira dois aviões com ajuda humanitária para Moçambique, país afetado pela passagem do ciclone Idai.

“O Governo brasileiro decidiu, no âmbito do Grupo de Trabalho Interministerial sobre Assistência Humanitária Internacional, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, enviar dois aviões de transporte Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira, para Moçambique”, afirma o ministério através de um comunicado.

O chefe da diplomacia brasileira, Ernesto Araújo, tinha anunciado o envio, nas próximas 48 horas, de um avião com ajuda humanitária para Moçambique, mas o número de aeronaves acabou por ser aumentado.

“Já mobilizámos 100 mil euros em favor de Moçambique. Nas próximas 48 horas estaremos a enviar um avião com ajuda humanitária, basicamente assistência médica e uma equipa de bombeiros para contribuir com o trabalho que está a ser realizado em Moçambique”, disse hoje o ministro, durante uma audição parlamentar na câmara baixa do Congresso.

O comunicado informa que, nesta etapa inicial, o Brasil enviará uma equipa de 20 especialistas em resgate e salvamento, assim como “equipamentos adaptados ao tipo de desastre” que ocorreu em Moçambique.

O corpo de Bombeiros Militares do Estado de Minas Gerais enviará outros 20 especialistas, assim como equipamento e veículos adequados às necessidades locais.

O Ministério da Saúde brasileiro doou ainda seis ‘kits’ de medicamentos “capazes de prover assistência emergencial para nove mil pessoas, por até um mês”, adianta o Governo brasileiro.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.

Moçambique foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1.522 feridos já contabilizados pelas autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 127 mil pessoas a viverem em 154 centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira, a mais atingida.

As autoridades moçambicanas adiantaram que o ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.