Vantagem do PS é maior no Funchal
Sondagem do DIÁRIO revela que a luta é renhida no resto da Região
Se as eleições regionais fossem hoje, o PS conquistaria 36,9% do eleitorado, 19 a 20 mandatos. O PSD teria 34,7% e alcançaria 18 a 19 mandatos. O CDS chegaria aos 8% e aos 4 deputados. O JPP teria 4,8% e 2 deputados, tantos quantos o BE que chega aos 4%. A CDU ficaria nos 3,6% e teria 1 a 2 mandatos.
Contudo, no desdobramento por concelho, a vantagem global dos socialistas de 2,2 pontos sobre para 4,2 no Funchal. Na capital madeirense, os socialistas chegariam aos 38% e o PSD aos 33,8%, neste caso abaixo da projecção global. O CDS atinge os 8,2%, a CDU chega aos 4,2, o BE iguala os 4%, o JPP não passa dos 3,1% e o PTP tem 0,7%.
No Funchal 15,4% ‘não sabe ou não responde’, menos que no resto da Região (17,3%), à questão feita pela Eurosondagem no estudo encomendado pelo DIÁRIO e pela TSF-Madeira e que hoje revelamos em pormenor na edição impressa.
No resto da ilha, a luta ainda está mais renhida
Fora do Funchal, o PS também ganha mas a diferença para o PSD é mínima, de seis décimas. Eis as indicações dadas pelos 1.510 eleitores ouvidos na sondagem.
Global Projeção (*)
PSD – Miguel Albuquerque 28,8% 35,4%
CDS – Rui Barreto 6,4% 7,9%
JPP – Élvio Sousa 5,0% 6,2%
PS – Paulo Cafôfo 29,3% 36,0%
CDU – Edgar Silva 2,6% 3,1%
BE – Paulino Ascenção 3,3% 4,0%
PTP – Raquel Coelho 0,8% 1,0%
Outro Partido / Branco / Nulo 5,2% 6,4%
Não sabe/Não responde 18,6%
O que diz a sondagem global
Do estudo de opinião publicado hoje sobram cinco constatações.
1. Está consomada a ultrapassagem do PS ao PSD, que embora se avizinhasse, acontece pela primeira vez nas sondagens relativas às eleições regionais encomendadas pelo DIÁRIO e TSF-Madeira à Eurosondagem.
2. No estudo de opinião realizado esta semana a um número de eleitores sem precedentes - 1.510 - também fica claro que a bipolarização tende a aumentar, muito por culpa das dúvidas em relação a quem vencerá as eleições.
3. A incerteza persiste numa corrida eleitoral disputada à décima. Até porque a vantagem dos socialistas em relação à social-democracia no poder é de apenas de 2,2 pontos percentuais, margem que por sinal é inferior à margem de erro da sondagem.
4. O PSD continua a descer suavemente, mas depois de deixar de ser absoluto nas sondagens, agora também perde a liderança incontestada durante mais de 40 anos. Num ano, e tendo em conta a sondagem publicada em Fevereiro de 2018, esbanja cinco pontos de vantagem e introduz na cena política, a necessidade de haver ‘geringonças’ de direita ou de esquerda para tornar a Madeira governável.
5. A sondagem mostra que, a par do PS, que ganha 1,2 pontos face à sondagem de Julho, o CDS recupera 0,9 e o BE 0,1. Em baixa de 1,2 pontos está o JPP, o que dita a perda de um deputado, a CDU que corre o risco de perder um, enquanto o PTP sai de cena.
A propósito dos outros partidos
A alínea outro partido/branco e nulo surge com 7,1%, com a Eurosondagem a garantir que nenhum partido não especificado no estudo, por não ter assento parlamentar, atingiu valores superiores a 1%, o limite mínimo que permite tratamento estatístico. Para que os leitores tenham noção do peso da diversidade partidária na sondagem, importa referir que em estudos anteriores os brancos/nulos rondam os 5%. Logo, os restantes 2,1% estão distribuídos com pouca expressão por muitos dos partidos não representados no parlamento madeirense e que admitem ir a eleições. Como referimos esta semana são 16 as forças políticas interessadas a disputar o sufrágio de 22 de Setembro.