Madeira

Sindicalistas em marcha lenta pelos direitos dos trabalhadores

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Cerca de 300 manifestantes de vários sindicatos percorreram esta quarta-feira a Avenida do Mar para assinalar o Dia do Trabalhador e lutar por melhores condições laborais: querem 35 horas de trabalho semanais, bem como aumentos salariais. A iniciativa promovida pela União dos Sindicatos da Madeira (USAM) juntou várias unidades sindicais, num percurso que partiu da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) até ao Jardim Municipal, onde a festa já estava montada. Vários populares e barracas de comes e bebes esperavam os manifestantes e o tradicional discurso do 1.º de Maio.

Adolfo Freitas apontou o dedo aos poderes públicos: “Na Madeira, o Governo regional continua a afirmar que se vive numa paz social. Nós trabalhadores afirmamos que a paz social existe somente entre Governo e patronato”. O , coordenador da USAM exemplificou com “o aumento de trabalho precário” para os trabalhadores da hotelaria, lamentando que em 2018 o sector tenha ganhado mais 8,7% em comparação a 2017 e que esta subida não tenha originado o aumento salarial dos trabalhadores.

Sobre o sector da Saúde, disse que “ao contrário do que o Governo tem vindo a dizer, as despesas estão a aumentar e vão continuar a aumentar”. Adolfo Freitas dirigiu também palavras para os professores, sublinhando que os “problemas não ficam todos resolvidos” com o avanço a reposição do tempo de serviço e que ainda existem muitos profissionais com vínculos precários.

“No âmbito dos bordados, vestuário, lavandaria e calçado a situação é preocupante, desde a precariedade, os salários que são muito baixos, é o ataque à contratação colectiva no sentido de retirar os poucos direitos que estes trabalhadores ainda têm”, focou ainda o sindicalista.

Adolfo Freitas não esqueceu os sectores rodoviário, delegações sindicais, comércio e serviços, construção civil, administração local e regional, empresas públicas, concessionários, telecomunicações e audiovisual.