Madeira

Mais de metade dos licenciamentos de 2014 em apenas 3 meses de 2019

Sector da construção deu um salto significativo depois de atingir o fundo há mais de quatro anos.

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

O número de edifícios licenciados para construção no 1.º trimestre de 2019 na região Autónoma da Madeira cresceu para 108, num aumento de 31,7% face aos primeiros três meses do ano passado (82), mas mais do que isso demonstra que o sector caminha para ter o melhor ano desde o início da crise em 2011, ano em que só nos licenciamentos tinham sido 508.

Nos três anos seguintes, o sector da construção civil bateu no fundo, chegando a ter em 2014 apenas 211 licenciamentos. Ou seja, em apenas três meses de 2019 já supera em mais de metade as licenças passadas pelas autarquias para construção.

“Das obras de edificação e demolição licenciadas, 60,2% correspondiam a construções novas (65), das quais 87,7% tinham como destino a habitação familiar (57). Estas obras originaram o licenciamento de 65 fogos em construções novas para a habitação familiar, mais 18,2% que no 1.º trimestre de 2018 (55)”, frisa a Direcção Regional de Estatística, a par dos dados divulgados pelo INE para o todo nacional.

“Quanto aos edifícios concluídos, neste trimestre, aumentaram 16,4% face ao período homólogo, totalizando 71 edifícios, dos quais 52,1% dizem respeito a construções novas para habitação familiar (37). No que se refere aos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar (60), os resultados indicam um acréscimo de 53,8% face ao mesmo período de 2018 (39)”, acrescenta, ainda com resultados dos licenciamentos que em 2018 atingiram os 345 e já tinham sido o melhor ano desde 2012 (343). O ano corrente, a continuar este ritmo, promete ultrapassar inclusive 2011, mas ainda bem longe dos tempos áureos que o sector viveu, pelo menos, até 2008 (592 licenciamentos e 1.019 edifícios concluídos), que foi o ano em que arrebentou precisamente a crise do sector imobiliário nos Estados Unidos e ‘infectou’ quase todas as economia mundiais com a referida crise financeira, económica e social.