Madeira

Madeira “tudo fará” para trazer investidores

Presidente do Governo assegurou que um dos objectivos é continuar a livrar-se de “burocracias bizantinas”

Foto Rui A. Silva/ASPRESS
Foto Rui A. Silva/ASPRESS

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, marcou o ponto de ordem no II Encontro Intercalar de Investidores da Diáspora, garantiu que a Madeira está aberta a receber investidores e “tudo fará” para que estes venham investir.

O governante agradeceu a presença de Durão Barroso, pela sua dimensão política. Em seguida lembrou os dados que colocam a Madeira em boas condições para, no entender de Miguel Albuquerque, receber investimento externo. “Quando se fala em investimento há um activo intangível, que se chama confiança”, atirou. “Essa tem de ser garantida pelas condições da República” e, por isso, foi directo ao assunto., lembrando que o Governo teve um “trabalho ciclópico” ao conseguir recuperar as finanças regionais, consolidando assim as suas contas para poder ir aos mercados.

Disse que a Região atravessa um ciclo de crescimento económico há seis anos consecutivos, tem já uma percentagem de dívida pública inferior a 100% do PIB e começamos a garantir que o investimento privado e público é uma realidade da nossa recuperação económica, afiançou. “Nestes quatro anos temos já 71 meses de crescimento da economia, taxa de crescimento de 2,3%, a taxa de desemprego mais baixa em anos, temos 78,9 milhões de euros e fundos comunitários atribuídos às empresas, reduções progressivas de IRC, IRS. Por isso, queremos continuar a esse percurso, exportando mais do que importamos.”

Miguel Albuquerque acredita que o grande desafio que temos em frente é como é que cresceremos economicamente. Uma das soluções passa por captar investimento e incentivar os empresários a investir. Temos um desafio que tem uma dimensão não periférica, mas sim central, acredita, daí lembrando que sempre que a Madeira de abriu ao mundo cresceu, sempre que se fechou teve uma entropia.

Por fim, concluiu que perceber as mudanças no mundo, na área tecnológica, nas redes 5G, na internet das coisas é outro princípio para garantir futuro. “Estamos a investir na educação em novas tecnologias e robótica para garantir a competitividade futura. No Centro Internacional de Negócios da Madeira, fruto de um esforço político para trazer os grandes armadores europeus, temos já o 3.º registo de navios europeu. Na zona franca temos uma das mais importantes empresas de extracção de recursos marinhos (aplicados em várias áreas da saúde à alimentação). Por isso, temos de defender os interesses portugueses e não se percebe eurodeputados a atacar o nosso centro internacional, o que só beneficia os nossos concorrentes, que são Malta, Holanda, Luxemburgo, Chipre, sem falar noutras praças que estão à espera que estraguemos o trabalho que temos feito.

O líder do Executivo regional garantiu que a Madeira “tudo fará” para receber os investidores, livrando-se de “burocracias bizantinas”, garantindo a quem quiser investir, trazer riqueza e criar emprego.