Madeira

IFCN relembra trabalho realizado para evitar propagação de incêndios florestais

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Na sequência das declarações proferidas pela vereadora do ambiente da Câmara Municipal do Funchal, onde criticou o trabalho de gestão florestal do Governo Regional, particularmente nas áreas sobranceiras ao município, o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) esclarece que “por distracção ou manifesta falta de vontade política, a vereadora Idalina Perestrelo, na sua expressa intenção de atingir o executivo regional, esqueceu-se de mencionar que, para protecção da cidade do Funchal, o Governo já adquiriu 74 hectares ao longo do Caminho dos Pretos, na designada faixa corta-fogo, com o propósito de evitar a propagação de incêndios florestais, não só nas áreas urbanas do município, mas, também, do próprio Parque Ecológico, que se encontra a montante”.

Diz ainda, através de um comunicado de imprensa, que “atendendo ao esquecimento, será igualmente importante recordar as 25.000 plantas que o IFCN está a plantar no Pico dos Esteios, bem como o projecto florestal para o Montado da Esperança (por cima de São Roque), cuja intervenção em 45 hectares de terreno, permite melhorar as condições de aproveitamento e armazenamento da água da chuva, contribuindo para o correcto ordenamento florestal e para a segurança da população residente no Funchal”.

“Para além do sector público, e fruto do trabalho de sensibilização do IFCN, foi também possível envolver os privados na limpeza e reflorestação de 208 hectares de propriedades florestais no concelho Funchal, muitas delas contíguas ao Parque Ecológico”, acrescenta.

Além disso, o IFCN gostaria ainda de recordar que, na sequência dos incêndios de 2016, promoveu a limpeza das áreas ardidas na cidade do Funchal, verificando-se intervenções em cerca de 70 hectares, abrangendo, entre outros locais, a Choupana, a Ribeira Cales, o Caminho Pretos, o Curral dos Romeiros, São João Latrão, a Corujeira, a Alegria, o Galeão e a Estrela.

“Por último, estando a vereadora Idalina Perestrelo preocupada, e bem, com a protecção da cidade e do Parque Ecológico relativamente aos incêndios florestais, gostaria o IFCN de saber qual a sua opinião sobre a intenção manifestada pela Câmara Municipal do Funchal em abrir aquele espaço ao gado e ao pastoreio, conforme foi amplamente noticiado no final do ano passado. É que passados mais de 3 meses, não se conhece qualquer declaração da responsável pela área do ambiente e conservação da natureza da Câmara do Funchal sobre tão importante matéria do seu pelouro”, concluiu.