Madeira

Há 25 anos, na véspera do Dia da Cidade, Virgílio Pereira ameaçava “explodir”

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A primeira página da edição de 20 de Agosto de 1994, véspera do Dia da Cidade do Funchal, anunciava o que se iria concretizar uma semana mais tarde: a demissão de Virgílio Pereira da presidência da Câmara Municipal do Funchal e da vice-presidência do PSD.

Em declaração ao DIÁRIO, o autarca protestava pela forma como o Governo Regional estava a tratar a autarquia, sobretudo por não assumir a dívida, como tinha sido prometido. Virgílio tinha vencido as eleições autárquicas do ano anterior, contra o PS e André Escórcio, mas o que encontrou na CMF era muito diferente do que lhe tinham apresentado. A dívida era substancialmente maior.

No Porto Santo, Alberto João Jardim recebeu mal as queixas do autarca e disse que era sem dinheiro que se viam os bons gestores. Virgílio Pereira ameaçou “explodir”. Não o fez no Dia da Cidade, cerimónia a que Jardim faltou e foi substituído por Brazão de Castro mas, dias depois, já em férias no Porto Santo, também em entrevista ao DIÁRIO anunciava a demissão para o final de Setembro. Saiu e foi substituído por Miguel Albuquerque que iria liderar o município até 2013.

Neste edição de 20 de Agosto de 1994 destaque, também, para a entrevista de Ricardo Vieira - também no Porto Santo - em que acusa os membros do governo de terem benesses ilegais nas casas de férias. Jardim iria reagir de forma dura nos dias seguintes.