Madeira

Funchal investe 2.3 milhões de euros no controlo e monitorização de fugas de água

A implementação deste projecto permitirá adequar a pressão da rede às reais necessidades da cidade do Funchal.

A apresentação do projecto foi feita por Rui Silva Santos, engenheiro responsável pela sua concepção.
A apresentação do projecto foi feita por Rui Silva Santos, engenheiro responsável pela sua concepção.

A 1.ª fase do projecto de ‘Controlo e Monitorização de fugas de água associado ao sistema de telegestão’ do concelho do Funchal vai para o terreno já no próximo mês de Fevereiro, abrangendo total ou parcialmente as freguesias de São Martinho, Santo António, São Roque e São Pedro, representando cerca de 40% da área do concelho.

A apresentação do projecto decorreu esta manhã nos Paços do Concelho, com o presidente da Câmara, Miguel Silva Gouveia, a realçaras acções que a maior autarquia da Região tem levado a cabo no que toca à gestão e ao abastecimento de água potável à população, repartidas em três frentes: no domínio organizacional, com a criação do departamento ‘Águas do Funchal’; ao nível dos recursos, tando humanos como materiais; e no conhecimento da rede, que traz consigo um histórico de perdas sempre superior a 60%. E foi olhando para os investimentos “de uma forma completamente inovadora” que a Câmara Municipal do Funchal (CMF) resolveu implementar este projecto agora apresentado, com vista ao controlo e monitorização das fugas na rede, nesta que será apenas a primeira fase do projecto, estando já assegurado o financiamento da 2.ª fase, através do POSEUR, prevendo-se gastos na ordem dos 10,3 milhões de euros, sendo cerca de 4,7 milhões financiados por este programa.

Com as obras a irem para o terreno já no próximo mês, e consciente de que vão surgir eventuais constrangimentos, Miguel Silva Gouveia apelou à compreensão de quem “usa a cidade no seu dia-a-dia” para toda esta situação momentânea. Esse mesmo alerta foi deixado por Rui Silva Santos, engenheiro responsável pelo projecto, e que na apresentação do mesmo fez questão de destacar que esta era uma “obra de geração”, cujos resultados serão reconhecidos não apenas a curto prazo, mas sobretudo a médio e longo prazos.

De notar que em causa estão trabalhos em cerca de 170 quilómetros de rede de abastecimento de água, prevendo-se, no final, alcançar um decréscimo de cerca de 30% no volume das perdas. A obra está orçada em 2,3 milhões de euros, sendo 1,7 milhões comparticipados pelo POSEUR.