Madeira

Deputados do PSD-Madeira com “forte probabilidade” de votarem contra OE2020

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Os três deputados do PSD-Madeira que se abstiveram na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2020 poderão na quinta-feira votar contra, existindo neste momento “uma forte probabilidade” nesse sentido, disse à Lusa fonte do grupo parlamentar.

Em 10 de janeiro, os três deputados da bancada do PSD na Assembleia da República, Sara Madruga da Costa, Sérgio Marques e Paulo Neves, optaram por abster-se na votação na generalidade do Orçamento do Estado de 2020, contrariando a disciplina de voto da bancada, e já foram informados de que vão ser alvo de um processo partidário.

Segundo fonte do grupo parlamentar social-democrata, “existe agora uma forte probabilidade” de que na votação final global mudem para o voto contra, o que coincidiria com a posição da bancada liderada por Rui Rio.

O presidente e líder parlamentar do PSD Rui Rio encontrou-se a sós na sexta-feira passada, antes do Conselho de Estado, com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, órgão consultivo do Presidente da República do qual ambos fazem parte.

Em 29 de janeiro, Miguel Albuquerque tinha afirmado que o sentido do voto final dos três deputados da região do Orçamento do Estado era uma questão “a ver”, dependendo da aceitação de algumas das propostas de alteração apresentadas.

O líder do PSD/Madeira salientou então que “o objetivo é ver concretizadas as mais de 50 propostas” de alteração apresentadas pelos três deputados sociais-democratas em São Bento eleitos pelo círculo da Madeira.

“Termos também a capacidade de deixar o espaço aberto para algo que é decisivo: que é voltarmos a apresentar um projeto de alteração da Lei das Finanças Regionais, porque esta lei prejudica claramente a Região Autónoma da Madeira”, ao fazer uma “discriminação” deste território insular, salientou.

Os deputados do PSD-Madeira, Sara Madruga da Costa, Paulo Neves e Sérgio Marques, justificaram em janeiro a abstenção na generalidade na votação do Orçamento do Estado para 2020 por considerarem que “o interesse da região sobrepõe-se”, garantindo que assumiriam “as consequências” da quebra da disciplina de voto.