Madeira

CDS-PP defende regime específico para recuperar os tradicionais poios

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A candidata do CDS-PP Madeira às eleições europeias quer que a União Europeia crie um regime específico destinado a recuperar os tradicionais poios para a agricultura. Margarida Pocinho diz que “não chega dizer que a agricultura é importante (...) é preciso novas ideias, apresentar propostas concretas e aproveitar bem os fundos comunitários”.

Pocinho lembrou a este respeito que, ao nível da execução do PRODERAM, “a Madeira está em último lugar”, com uma taxa de 36,1%, contra os 54,3% dos Açores e 52,5% do continente.

A candidata deslocou-se esta quinta-feira ao concelho de Câmara de Lobos, contactou produtores de semilha e de morangos, e visitou a zona da Caldeira. Margarida Pocinho aproveitou a paisagem humanizada para prestar homenagem aos agricultores, considerando-os os “jardineiros da paisagem madeirense”.

Recordou que, recentemente, decorreu na ilha de La Gomera (Canárias) o Congresso Mundial sobre Territórios em Socalcos, evento que contou com a participação do Observatório da Paisagem, para se inspirar nesse encontro de territórios da Macaronésia.

“Esse congresso mundial de Canárias, inspirou-nos para um dos maiores objectivos que a lista do CDS às eleições europeias tem para apresentar em Bruxelas, que é centrar o debate num regime específico para preservar e desenvolver os poios, tendo por base dois objectivos: apoiar os agricultores madeirenses e revalorizar a nossa paisagem”, afirmou.

Margarida Pocinho considera “essencial” um regime específico, com ajudas europeias, tendo em conta as dificuldades resultantes da orografia e os custos acrescidos para voltar a fazer agricultura em poios.

Acrescentou ainda que se trata de uma aposta ligada “directamente ao turismo”. “O nosso turista já não quer apenas sol, praia e mar, quer experiências ligadas à paisagem, provar os produtos que podem ser produzidos nos poios (...) não estamos a valorizar a nossa paisagem nem o trabalho dos nossos agricultores, é por isso que os jovens fogem da agricultura”.