Madeira

Bombeiros de Machico com adesão de 100% à greve dos bombeiros profissionais

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A greve dos bombeiros profissionais, que começou hoje, está a ter uma adesão de 100% em algumas corporações do país, incluindo os Bombeiros Municipais de Machico.

Todos os bombeiros sapadores e municipais das corporações de Braga, Lisboa, Setúbal, Faro, Tavira, Olhão e Machico (na Madeira) aderiram à greve, segundo um balanço feito pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais/Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP/ANBP) relativo aos dois primeiros turnos.

Os bombeiros iniciaram à meia-noite de hoje uma greve nacional contra as propostas dos Governo sobre estatuto de carreira e aposentações, que consideram ter “agravado a vida e o trabalho de milhares de bombeiros profissionais”.

No Porto a adesão à greve atingiu os 90% e em Loulé os 85%, revela a ANBP/SNBP que, até ao momento, tem os resultados dos dois primeiros turnos (o iniciado na terça-feira às 20 horas e o iniciado hoje às 8 horas).

A associação e sindicato apresentam ainda os dados do Funchal, onde metade dos profissionais aderiu ao protesto, e Santa Cruz, que surge como a região com a taxa de adesão mais baixa do país (40%).

Neste momento, ainda estão a ser recolhidos dados sobre o impacto do protesto em várias corporações de todo o país, como Viana do Castelo ou Vila Nova de Gaia.

A greve dura até 2 de Janeiro e ocorre em todas as cidades onde existam sapadores bombeiros e bombeiros municipais.

Em declarações à Lusa, o presidente da ANBP, Fernando Curto, sublinhou que durante a greve “o socorro está garantido” e “toda a população pode estar descansada que os bombeiros estarão lá, porventura até mais, porque ficam mais bombeiros no quartel do que nos outros dias, e todos os outros serviços estão assegurados”.

A paralisação dos bombeiros afecta apenas os serviços de prevenção, prevenção a espectáculos, serviços administrativos.

A greve foi marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

“Esta paralisação nacional tem como objectivo reivindicar a dignificação e valorização da carreira e pelo direito a aposentação e reforma condignas após o limite de idade que a especificidade e as exigências do exercício das funções impõem”, refere a ANBP/SNBP.

Os bombeiros profissionais, adianta um documento conjunto, lutam pela criação de um regime de reserva, “pelo vínculo de nomeação e pela manutenção estatutária da carreira como corpo especial de Protecção Civil”, bem como pela “habilitação e qualificação específica para a criação de carreira ou categoria de oficial bombeiro”.