Madeira

Bispo do Funchal recordou importância do baptismo para uma vida e morte em Cristo

Foto Arquivo
Foto Arquivo

O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, valorizou esta tarde o baptismo, na homilia da missa campal realizada no Cemitério de Nossa Senhora das Angústias, em São Martinho, por ocasião da celebração de Todos os Fiéis Defuntos, onde muitos madeirenses cumpriram a tradição de visitar neste dia as campas dos seus entes falecidos.

Falando da morte e das questões e contradições que ela levanta, D. Nuno Brás recordou os ensinamentos de São Paulo e a importância da vida contínua em Cristo antes e depois da morte, através do baptismo. “A morte entra em contradição com a luta do quotidiano”, afirmou. “Para quê lutar se havemos de morrer? E no entanto continuamos a lutar”, recordou o Bispo. “A morte é uma realidade que não nos aparece como natural, é um momento sempre inconveniente e triste, uma realidade à qual nos recusamos a dar de bandeja a vitória e a reconhecer a nossa derrota. A morte é algo que a vida o ser humano se recusa a aceitar”. Nesse sentido, realçou a importância de nunca abandonar a procura de uma outra certeza que “ilumine todo este drama”. Recordou que o baptismo, seja celebrado em bebé ou em adulto, constitui a verdadeira mudança, na medida em que os baptizados passam a viver com Deus e da importância e seriedade deste acto. “É que no baptismo não se trata de inscrever alguém numa religião como se o cristianismo e a fé fossem comparáveis à escolha de um clube de futebol ou de um partido político. O baptismo trata-se de recebermos uma outra vida. Trata-se de renascermos, de nascermos a partir de Deus. Trata-se de acolher em nós uma nova realidade, mesmo que esta seja invisível ao olho nu.”

Através do baptismo não mais Deus abandona o homem, este é que o pode abandonar. O baptismo segundo o bispo transforma a forma de viver e a de morrer, e a de ‘morrer em vida’, para que surja o homem novo.