Madeira

Aumento do salário mínimo pode ‘afogar’ pequenos comerciantes na Madeira

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O ‘Debate da Semana’ da TSF, realizado esta sexta-feira, juntou os economistas e gestores André Barreto, Cristina Pedra e Paulo Pereira. As quebras no sector turístico, associadas aos problemas causados pelo vento e cancelamento de voos no Aeroporto Internacional da Madeira, o aumento do salário mínimo e a clarificação dos estatutos do Centro Internacional de Negócios estiveram em análise.

No caso dos constrangimentos sentidos no Aeroporto, André Barreto deixou algumas questões sobre a activação do Plano de Contingência. “Mas que plano de contingência? Um plano de contingência não pode limitar-se à questão dos voos e das estadias”. Havendo a questão de informação que tem de ser dada aos passageiros, às unidades hoteleiras, etc.

No que diz respeito ao aumento do salário mínimo, Cristina Pedra considerou que a questão que se coloca é saber se as empresas têm como suportar o aumento e se deveria haver ou não um alívio fiscal para fazer face ao mesmo. “Há um crescimento económico regional”, comprovado no acesso aos bens e serviços por parte dos consumidores, que pode ficar ‘estagnado’ por factores ligados ao tempo e até às taxas de juro.

Paulo Pereira lembrou que Portugal tem cerca de 22% de trabalhadores a receber o salário mínimo, o que “é inacreditável”, mas explicou também que se o aumento é bem visto pelos grandes empresários, esse mesmo aumento vai “afogar os pequenos comerciantes”.

A recomendação do Tribunal de Contas para que o Governo Regional da Madeira faça um concurso público para o Centro Internacional de Negócios da Madeira foi também alvo de análise. No geral, os entrevistados entendem que a questão deve ser resolvida, até para não haver sanções em novas negociações dos estatutos do CINM.

O programa está a ser emitido e poderá ser ouvido amanhã, em reposição, na TSF.