Madeira

Albuquerque lamenta que sejam os madeirenses a suportar os custos da ligação ferry

As ligações marítimas às ilhas são da competência do Estado, diz presidente do GR

None

Miguel Albuquerque diz estar hoje “muito satisfeito” por dar cumprimento a um dos compromissos do Programa de Governo. “Neste momento o ferry está a fazer a ligação entre a Madeira e Portimão, num total de 12 viagens anuais, nos próximos três anos, em consonância com o estabelecido no caderno de encargos do concurso internacional que abrimos”, referiu o presidente do Governo Regional da Madeira, no Porto do Funchal.

Albuquerque lamenta que um país como Portugal, que tem uma das plataformas continentais maiores do mundo, com mais de três milhões e setecentos mil km2, “não assuma como o Estado espanhol o faz, a ligação marítima de passageiros e carga, como um dos vectores estratégicos fundamentais do país”, e que tenha de ser os contribuintes da Região Autónoma da Madeira a “ financiar aquilo que deveria ser assumido pelo Estado, que são as ligações marítimas à suas ilhas”.

Relembrou que o Estado espanhol subsidia o transporte marítimo de carga e passageiros em mais de 70%, quando “nós aqui, para além de termos um problema de mobilidade por parte da companhia aérea nacional, que está a tratar os madeirenses e a Madeira de uma forma vergonhosa, ainda temos de arcar com os encargos inerentes ao transporte marítimo de passageiros”.

O mais importante, salientou Albuquerque, é que o Governo Regional “cumpriu aquilo que era a sua obrigação” e aguarda agora que o Estado português, “no intervalo de dançar no palco do Rock in Rio, resolva os problemas estruturais e fundamentais como o da ligação de passageiros às ilhas”.

A ocupação do navio de apenas 15% fica aquém das expectativas, mas sendo esta uma “expectativa da população”, apela aos madeirenses e portossantenses para viajarem neste navio “excepcional, de qualidade, que oferece todas as condições de conforto e segurança, sendo uma boa oportunidade para fazer férias, com preços acessíveis, ao Continente ou a Canárias”, salientando os preços “exactamente iguais” aos praticados aquando da última operação deste navio.