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Juventus vai evitar torneio nos EUA para Ronaldo não ser detido

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A Juventus vai optar pela participação em torneios internacionais de Verão na Ásia em vez dos Estados Unidos da América para evitar o risco de Cristiano Ronaldo ser detido pelas autoridades norte-americanas no âmbito da investigação à alegada violação ocorrida em Las Vegas. A notícia foi avançada hoje pelo New York Times.

O jornal norte-americano refere que a equipa italiana tem um acordo plurianual para participar na International Champions Cup, que é organizada pela Relevant Sports, sediada em Nova Iorque, mas este ano deve falhar a participação nesta competição de carácter eminentemente promocional devido aos problemas do jogador madeirense na justiça dos EUA. O programa de jogos deste evento será divulgado na próxima semana e não deverá incluir a Juventus. Um porta-voz da equipa italiana, citado na notícia do New York Times, disse que “virar para leste”, para a Ásia, é normal após ter preparado várias pré-temporadas nos Estados Unidos. O mais provável é que a Juventus participe num torneio semelhante na Ásia, a realizar na China ou Singapura, no qual devem também jogar as equipas inglesas do Manchester United e Tottenham.

Em Outubro de 2018 a polícia de Las Vegas anunciou a reabertura de uma investigação sobre as acusações de violação apresentadas por uma cidadã norte-americana, Kathryn Mayorga, contra Cristiano Ronaldo, por factos relacionados com uma queixa apresentada em 13 de junho de 2009. A queixosa, agora professora com 34 anos e na altura aspirante a modelo, alega que naquela data foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem. A queixa foi arquivada e o caso foi mantido em segredo durante 9 anos na sequência de um acordo de confidencialidade assinado pelos representantes do jogador e Kathryn Mayorga, que recebeu cerca de 325 mil euros (375 mil dólares). No ano passado o caso foi revelado pelo site Football Leaks e noticiado pela revista alemã Der Spiegel. Logo depois a queixosa pediu a reabertura do caso, alegando ter sido coagida a assinar o citado acordo.

Cristino Ronaldo negou de forma veemente estas acusações: “Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero a violação um crime abjecto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito. Não vou alimentar o espectáculo mediático montado por quem se quer promover à minha custa. Aguardarei com tranquilidade o resultado de quaisquer investigações e processos, pois nada me pesa na consciência”.