Desporto

Filipe Silva e ex-administradores da SAD unionista chamados a prestar contas

Novos dirigentes concordam com indemnização pedida pelo accionista António Lopes no montante de 3,5 milhões de euros

Foto Rui A. Silva/ASPRESS
Foto Rui A. Silva/ASPRESS

O novo conselho de administração da SAD do União da Madeira convocou os ex-administradores para prestar esclarecimentos e contas. Fê-lo por e-mail, carta registada e notificação judicial avulsa, “após profunda reflexão, após ter consultado os accionistas e após ter constatado o cenário absolutamente devastador do ponto de vista humano”.

Segundo garante ao DIÁRIO a nova estrutura directiva presidida por Jaime Gouveia, para além da “continuação da verificação de arbitrariedades encontradas, praticadas pela administração cessante, introduzindo uma inaceitável e lesiva indisciplina nos procedimentos profissionais dos funcionários do clube”, foi detectado que “permanentemente viciavam actos de gestão, tornando-a dolosa, acabando por interferir na vida diária dos seus profissionais, transformando-se numa total situação de sub-humanização, que acabou por forçar da nossa parte a posição que aqui revelamos e que pode ditar o fim desta instituição centenária”.

É por isso que revela a intenção do sócio António Lopes em “agir judicialmente contra os senhores administradores cessantes, por perdas e danos, não só financeiros como de imagem pessoal”. A SAD alinha na mesma posição, “apresentando um pedido de indemnização contra os administradores e ROC no montante de 3,5 milhões de euros”, salientando que parte dessa verba será canalizada para pagar os danos profissionais e pessoais causados aos profissionais do clube.

Foi ainda solicitado à administração cessante a entrega imediata da chaves da sede e a devolução de toda a documentação relativa ao giro comercial e futebolístico da sociedade, sendo Filipe Silva intimado a devolver “regalias/instrumentos de trabalho temporariamente cedidos” que estejam ainda em sua posse, como cartão de crédito e débito da empresa, acessos online da conta da empresa, telemóveis, contas de operadoras móveis associadas, computadores portáteis, tablets e outros equipamentos.

Os novos executivos decidiram apenas iniciar funções depois de terem em sua posse toda a informação do clube, “determinando como premissa absolutamente indispensável para encetar funções executivas pedir ao conselho de administração desta S.A.D. que convoque individualmente através de carta registada ou notificação judicial avulsa, todos os membros constituintes da administração executiva cessante para devolução de documentação necessária e essencial à prossecução da actividade comercial e gestão corrente desta sociedade bem como para obter os esclarecimentos das questões que pretendemos ver elucidadas”.

“Por agora estamos focados em manter a harmonia necessária para o que o jogo de hoje se realize com a tranquilidade necessária e não entrar em jogos de contra informação que não ajudam em nada à nova filosofia de funcionamento da nova administração”, referem, admitindo estar perante “um caso de polícia”.

O União desloca-se esta tarde a Câmara de Lobos onde pelas 16 horas defronta a equipa local em jogo a contar para o Campeonato de Portugal.

Saiba mais na edição impressa do DIÁRIO de amanhã.