5 Sentidos

Sermão e jantar no Museu de Arte Sacra assinalam fim da exposição ‘450 anos do Colégio dos Jesuítas’

Padre jesuíta Carlos Azevedo Mendes vai abordar o Sermão da Sexagésima no dia 22 e no dia 31 há jantar na varanda do Museu

O sermão será na Igreja de São João Evangelista (Colégio). O jantar na varanda do Museu de Arte Sacra do Funchal, em frente.
O sermão será na Igreja de São João Evangelista (Colégio). O jantar na varanda do Museu de Arte Sacra do Funchal, em frente.

A exposição comemorativa ‘450 anos do Colégio dos Jesuítas’ chega ao fim com duas iniciativas complementares, o Sermão da Sexagésima¸ que será proferido pelo padre jesuíta Carlos Azevedo Mendes no dia 22 às 18 horas na Igreja de São João Evangelista (também conhecida como Igreja do Colégio); e um jantar na varanda do Museu de Arte Sacra do Funchal com receitas dos amigos dos jesuítas, às 19h30 do dia 31 deste mês. São promovidas pelo Museu de Arte Sacra do Funchal em parceria com a Associação Académica da Universidade da Madeira e com o Conselho de Cultura desta instituição de ensino superior.

A exposição temporária está actualmente patente ao público no Museu de Arte Sacra do Funchal, assinala os 450 anos da presença dos jesuítas na Madeira. Estas duas iniciativas estão directamente relacionadas, sendo o sermão de entrada livre e o jantar disponível mediante a compra de uma entrada com custo custa 25 euros. Parte deste valor reverte para o Museu.

Além de encontrar algumas das receitas compiladas recentemente no livro ‘Receitas Celestiais dos Amigos dos Jesuítas’, este jantar é uma “oportunidade única para degustar, num espaço intimista e cheio de história” estas comidas, confeccionadas pelo Café do Museu, destaca a organização. O jantar está limitado a 40 pessoas, os bilhetes podem ser comprados na recepção do Museu de Arte Sacra do Funchal.

Já sobre o Sermão da Sexagésima, é uma obra de referência da Igreja e da literatura, é datada do século XVII. Aborda a arte de pregar. “Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura; há de declará-la com a razão; há de confirmá-la com o exemplo; há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências, que se hão de seguir, com os inconvenientes, que se devem evitar; há de responder às dúvidas; há de satisfazer às dificuldades; há de impugnar, e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto é falar de mais alto”, escreveu nesta obra o padre António Vieira. Será abordado pelo padre Carlos Azevedo Mendes, autor do livro ‘Bichos e Deus Ali tão Perto’.

O padre jesuíta nasceu em Lisboa em 1952, é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, tendo exercido até 1980, altura em que decidiu entrar na Companhia de Jesus e dar um novo rumo à sua vida. Foi ordenado padre em 1990. Cursou Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, sendo licenciado também em Espiritualidade. Tem estado ligado à pastoral universitária. No percurso está o Centro Universitário Manuel da Nóbrega, em Coimbra, e o Centro Universitário Padre António Vieira, em Lisboa, onde foi director, e a igreja do Centro Inaciano do Lumiar, onde assumiu o cargo de capelão.

A exposição ‘450 anos do Colégio dos Jesuítas’ termina no dia 31 de Janeiro.