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Madeira

JPP exige resposta imediata a atrasos nos reembolsos do IASaúde

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O Juntos Pelo Povo (JPP) veio, hoje, a público exigir uma "resposta imediata" da tutela, com "medidas urgentes para acelerar a análise processual e garantir o cumprimento" do reembolso das despesas de saúde.  “Não podemos permitir que, também no caso dos reembolsos, se criem listas de espera que crescem diariamente”, alerta o partido.

Em causa está o atraso no pagamento dos reembolsos por parte do Instituto de Administração da Saúde - IASaúde, assunto que fez manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira desta terça-feira, 2 de Setembro.

Utentes desesperam por reembolsos

Há despesas a aguardar pagamento há mais de dois meses. IASAÚDE reconhece a existência de “constrangimentos”, mas alega que há um número crescente de processos a darem entrada, numa média de 12.633 por mês, mais 36,6% do que no ano passado. É esta a notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira desta terça-feira, 2 de Setembro.

Em comunicado de imprensa, remetido às redacções esta sexta-feira, o JPP recorda que "em Março deste ano, o Governo Regional anunciou que a nova App do IASaúde permitiria pagar os reembolsos aos utentes do Serviço Regional de Saúde num prazo máximo de um mês", mas "seis meses depois, a promessa não está a ser cumprida e centenas de madeirenses continuam em desespero à espera de uma resposta".

Os alegados constrangimentos já eram previsíveis, a despeito do "investimento financiado pelo PRR, que ascendeu a 78 mil euros (mais IVA)", o que a seu ver apenas prova "a incapacidade do sector público em dar resposta às reais necessidades da população".

“Os utentes são empurrados para o setor privado, pagando consultas, exames e cirurgias do próprio bolso. Depois, aguardam meses pela comparticipação a que têm direito, sem verem devolvido um único euro. É uma situação injusta, insustentável e que agrava ainda mais a condição das famílias madeirenses”, evidencia o JPP, que alega ainda ter recebido "diversas denúncias de cidadãos que aguardam há mais de seis meses pela análise dos seus processos".

O JPP considera inadmissível que, num contexto de agravamento do custo de vida, sejam os próprios cidadãos a financiar o Governo Regional, quando o direito à saúde é um direito constitucional que deve ser garantido de forma célere e justa

O partido sugere ainda o recurso a "novas ferramentas tecnológicas, incluindo inteligência artificial", que poderiam ser usadas  para "facilitar a análise e os cálculos necessários nos processos considerados 'situações excecionais' pelo IASaúde".