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Incêndios País

Chega critica PS e PSD por chumbo à Comissão de Inquérito aos incêndios

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O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República criticou, hoje, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) por terem anunciado que irão reprovar a sua proposta para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar os grandes incêndios do último Verão.

Francisco Gomes acusa os adversários políticos de quererem “bloquear deliberadamente o apuramento da verdade”.

“Uma vez mais, PS e PSD uniram-se para travar a investigação que poderia expor os erros, as falhas e as negociatas que estão a destruir o nosso País pelas chamas. O Chega não tem medo de enfrentar os interesses instalados, mas os partidos do sistema preferem esconder a verdade e proteger os culpados”, atira o deputado eleito pelo Chega no círculo eleitoral da Madeira, citado em nota de imprensa.

O parlamentar sublinhou ainda que “o País não pode continuar refém de um modelo de gestão que fracassa todos os anos e deixa comunidades inteiras em risco”. Para o deputado, a recusa da comissão é “uma afronta às populações que perderam casas, terras e vidas, e demonstra que o regime está mais preocupado em encobrir responsabilidades do que em defender os cidadãos”.

“Esta recusa é cúmplice da tragédia que todos os Verões devasta o país” Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República

A iniciativa do Chega, que será votada amanhã, tem como objectivo analisar em detalhe o que o partido diz serem “os erros de gestão, a falta de planeamento e as negociatas e interesses ocultos que estão a alimentar a propagação de fogos de grande dimensão em Portugal”.

Segundo o partido, “não é aceitável que, ano após ano, milhares de hectares de território nacional sejam consumidos pelas chamas sem que exista uma responsabilização política”.

No mesmo comunicado remetido ao final desta tarde às redacções, o Chega realça que “uma comissão parlamentar de inquérito é um instrumento previsto na constituição que permite ao Parlamento investigar factos concretos de interesse público, dotado de poderes equiparados aos das autoridades judiciais, podendo ouvir testemunhas, solicitar documentos e exigir esclarecimentos às entidades”.

O partido admite ainda impor a constituição da Comissão de forma potestativa.