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EUA prometem reformar G20 em 2026 "sem diversidade, equidade e inclusão"

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Foto Shutterstock

Os Estados Unidos criticaram hoje as políticas de "diversidade, equidade e inclusão" no G20, prometendo reformar o grupo das maiores economias do mundo quando assumirem em 2026 a presidência, atualmente exercida pela África do Sul.

Falando em nome do secretário de Estado Marco Rubio numa reunião ministerial dos países do G20 à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, a subsecretária de Estado para os Assuntos Políticos, Allison Hooker, afiançou que a presidência norte-americana será exercida "sem diversidade, equidade e inclusão, nem um orçamento sensível às questões de género". 

"Em segundo lugar, simplificaremos os processos dentro do G20", salientou.

A presidência rotativa do G20, que reúne as economias mais poderosas do mundo, é exercida este ano pela África do Sul, o primeiro país do continente africano a liderar o grupo e que organizará em novembro uma cimeira de chefes de Estado e de Governo.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, ataca regularmente Pretória, que acusa de perseguir os agricultores brancos, e já confirmou que faltará à reunião dos líderes do G20, enviando o vice-presidente JD Vance.

Marco Rubio também tem evitado as reuniões ministeriais do G20.

Desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump tem acabado com políticas de diversidade, a equidade e a inclusão (conhecidas pela sigla DEI) na administração pública e no ensino, além de outras que favorecem as minorias raciais ou as pessoas transgénero nos Estados Unidos.

O ataque a políticas DEI estende-se agora também aos órgãos da ONU.

No seu discurso, Allison Hooker criticou as "horas gastas" a discutir estes programas, que desviam o G20 do seu propósito original, a cooperação económica, que será o foco da presidência norte-americana.