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Madeira

Toxicidade das microalgas merecem especial atenção por parte de Portugal

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Foto Helder Santos/ASPRESS

Paula Garcia afirma que a Direção-Geral de Veterinária afirma que as toxinas presentes em algumas algas são motivo de preocupação, nomeadamente a ciguatera, que provoca, por exemplo, intoxicações alimentares. Os dados são escassos por falta de reporte por parte das entidades. Algumas micro-algas com estas toxinas já foram detectados no mar do Mediterrâneo, pelo que são um risco também para Portugal

Está a decorrer no Museu da Eletricidade a 6.ª edição da Conferência Internacional sobre Contaminantes Alimentares (ICFC 2025). O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, e em colaboração com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM – Universidade de Aveiro). O tema deste ano é ‘Desafios dos contaminantes emergentes (CEs) e saúde planetária’, com a iniciativa a decorrer até amanhã.

O tema deste debate é ‘The Role of Multilateral Policies in Food Contaminant Mitigation and Planetary Health’. Participam no debate Amadeu Soares, do Centro de Estudos Ambientais e Marítimos da Universidade de Aveiro; Carlos das Neves, da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e Paula Garcia, sub-directora  da Direcção-Geral de Veterinária de Portugal; e Sara Tavares, da unidade de Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia.

Paula Garcia traçou um outro problema, relacionado com o tropano alcaloide, que está presente em ervas nos campos de milho. É difícil trabalhar com os agricultores porque os produtos comercializados não destroem estas toxinas, presentes na erva, que acabam por contaminar o milho aquando da apanha.

Por seu lado, Amadeu Soares diz-se preocupado com substâncias que são difíceis de detectar e que se propagam no território. Por outro lado, os microplásticos estão a ser encontrados um pouco por todo o mundo. O cientista ambiental aponta ainda as toxinas presentes no embalamento dos alimentos que consumimos. A regulamentação e monitorização dos dados sobre estas toxinas não está em funcionamento.

Carlos das Neves apontou o desafio de manter actualizadas as várias regulamentações sobre os contaminantes alimentares, dada a quantidade de entidades que trabalham nesta áres por todo o mundo.