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Madeira

CHEGA critica ANA/Vinci por “confronto e ingratidão” durante negociações laborais

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O deputado Francisco Gomes, eleito pelo CHEGA para a Assembleia da República, criticou a postura da ANA/VINCI nas negociações que decorrem há mais de três anos com os sindicatos que representam os trabalhadores dos aeroportos portugueses, entre os quais o SITAVA, o SINDAV e o SINTAC.

O parlamentar acusou a empresa de "assumir uma atitude de confronto e de desvalorização perante quem garante diariamente o funcionamento das infraestruturas aeroportuárias e sustenta a confiança dos milhões de passageiros que circulam anualmente pelas portas de entrada no país".

Em nota de imprensa enviada às redações, o parlamentar explica que "as negociações se arrastam desde Abril de 2021, altura em que o Conselho de Administração da ANA anunciou a intenção de denunciar o acordo de empresa então em vigor". Para o CHEGA, "a atitude da gestão da concessionária aeroportuária tem revelado um propósito claro de eliminar carreiras profissionais e bloquear progressões, com consequências directas ao nível salarial e com forte impacto na vida dos trabalhadores e das suas famílias".

É inaceitável que uma empresa que tem beneficiado de resultados positivos à custa da dedicação dos trabalhadores queira agora desvalorizar as carreiras e esmagar direitos adquiridos. Esta postura revela desrespeito e ingratidão perante homens e mulheres que foram decisivos para o sucesso da organização".  Francisco Gomes

Francisco Gomes lembrou que "a gestão aeroportuária não se limita a questões de rentabilidade económica, pois envolve também dimensões críticas ligadas à segurança nacional, ao ordenamento do território e ao desenvolvimento económico".

Nesse sentido, defendeu que "é obrigação da concessionária respeitar os acordos previamente estabelecidos e os direitos laborais dos trabalhadores que sustentam o sistema, sob pena de comprometer não apenas a paz social, mas também a qualidade do serviço público que os aeroportos representam".

"Os aeroportos são pilares estratégicos da nossa soberania e do nosso desenvolvimento. Quem gere este setor não pode agir como se os trabalhadores fossem descartáveis. O CHEGA exige respeito pelas carreiras, pelas progressões e pela dignidade de quem assegura o bom funcionamento de infraestruturas vitais para Portugal", acrescenta. 

O deputado concluiu reforçando que "o CHEGA continuará a dar voz aos trabalhadores e a exigir que a ANA/VINCI abandone a postura de confronto, adotando uma política de diálogo sério e de valorização profissional, lembrando que os aeroportos são demasiado importantes para serem geridos apenas com base em interesses empresariais".