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Fact Check Madeira

Existem dispositivos de localização para idosos com demência?

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Foto Shutterstock

Na tarde desta segunda-feira o DIÁRIO noticiou que um idoso, de 80 anos, com demência, desapareceu do Lar d’Ajuda, em Santa Quitéria, sem que ninguém tivesse visto. Horas mais tarde, o homem foi encontrado bem de saúde junto à Empresa de Electricidade da Madeira, no Funchal, com o objectivo de regressar à sua casa. 

Entre os vários comentários deixados na publicação, um leitor sugeriu que “os idosos devem usar braçadeiras de identificação com chips, como as crianças para não se perderem”.

Será que existem dispositivos de localização para idosos?

A demência é um termo utilizado para designar um conjunto de doenças nas quais existe deterioração do desempenho cognitivo e comportamental. Uma das formas mais comum de demência é o Alzheimer, “uma doença gradual e incapacitante”, refere a DecoProteste.

Os sintomas chegam de forma progressiva, levando à perda de memória e à incapacidade de desempenhar tarefas habituais.

Um dos sintomas do Alzheimer é a desorientação espacial, sendo muito comum que pessoas com esta doença acabem por esquecer onde moram e peçam para voltar para casa mesmo estando em casa.

Por isso, não é raro que doentes de Alzheimer tentem fugir. Esta situação exige uma monitorização activa e contínua do doente.

Numa pequena pesquisa pela internet é possível ver que existem diversos dispositivos auxiliam nestas situações.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) dispõe do programa ‘Estou aqui adultos’, que permite garantir a “segurança de adultos que, pelas mais variadas razões, possam sofrer alguma desorientação na via pública”.

As pulseira ‘Estou aqui’ são, segundo a página online do programa, “dirigidas a pessoas que, em função da idade ou de patologia, possam ficar desorientadas ou inconscientes, ainda que momentaneamente, na via pública.”

A pulseira é constituída por uma “fita de tecido em cor mate e por uma chapa metálica com um código alfanumérico e a inscrição ‘Call/Ligue 112’”. Esta é gratuita, pessoal e intransmissível, carecendo de um registo prévio.

Deverá preencger no site - https://estouaquiadultos.mai.gov.pt/ - os dados para registo, levantar a pulseira na esquadra da PSP escolhida e colocar no pulso.

Contudo, esta pulseira não possui de localizador GPS ou outro sistema de localização, nem é um dispositivo de emergência médica, por isso em caso de fuga não é possível detectar onde se encontra a pessoa.

Este programa existe igualmente para crianças dos 2 aos 15 anos. “O presente programa visa permitir o reencontro mais célere de uma criança ou jovem perdida com os seus familiares, através da utilização da pulseira”.

“Por intermédio da pulseira do Estou Aqui Crianças, um adulto que encontre uma criança perdida só necessita contactar o 112 e informar onde se encontra e o código da pulseira. Com esta informação os Polícias da PSP contactam de imediato a família e deslocam-se ao local onde a criança se encontra para a recolher e garantir o reencontro familiar”, explica o programa.

Existem também botões SOS e localizadores GPS que permitem trazer tranquilidade às famílias.

Entre os dispositivos GPS existem relógios, cintos ou chaveiros, ideais para pessoas com Alzheimer ou outras degenerações cognitivas. Através de um pagamento mensal do produto, é possível acompanhar o doente através de uma aplicação no telemóvel, sendo possível comunicar com o doente (através de alguns dispositivos).

Existem dispositivos GPS que podem ser colocados em relógios, chaveiros e até cintos para que seja mais simples encontrar um idoso com demência ou outras degenerações cognitivas