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Fact Check Madeira

Madeira não coloca de parte a utilização de motociclos de emergência?

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Foto Instituto Nacional de Emergência Médica

Desde Janeiro deste ano que os motociclos de socorro começaram a circular em território continental, reforçando a resposta do INEM em situações de emergência médica. Uma medida que tem por objectivo dar uma resposta mais rápida quando as ambulâncias ficam presas no trânsito ou não conseguem dar uma resposta tão célere.

Apesar de operarem desde o início do ano, os motociclos de emergência foram formalmente enquadrados pelo Despacho n.º 3611/2025, publicado no último mês de Março, que estabelece a sua integração no dispositivo nacional de emergência médica.

Mas tendo em conta a realidade geográfica será que fazia sentido implementar este modelo na Madeira?

A verdade é que alguns condutores defendem que seria uma mais-valia, essencialmente quando acontecem acidentes na via rápida em hora de ponta. Os madeirenses referem que o caos na via rápida é uma constante e acreditam que as motos de socorro poderiam diminuir o tempo de espera dos sinistrados.

O presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, não descarta essa hipótese.

Richard Marques explicou que “o trabalho em curso de análise dos meios do Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER) vs. a realidade operacional na Região Autónoma da Madeira (RAM) pode eventualmente vir a introduzir outras tipologias de meios diferenciados em zonas que regista maior procura operacional ou mais remotas- processo que não está fechado e que acontecerá após a plena operacionalização da triagem de Manchester no atendimento telefónico, uma vez que na RAM são enfermeiros que executam a triagem”.

No entanto, o presidente lembra que é necessário ter em conta a realidade na Região, “que opera com ambulâncias tripuladas por três elementos (mais um do que no continente) com uma capacidade reforçada de intervenção e que perante situações críticas, além de prioridade no accionamento, são acompanhadas pela Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR), composta por um médico e um enfermeiro especializados”.

A eventual introdução de motociclos ou outros veículos semelhantes terá em consideração eventos de massas onde a sua intervenção poderá reduzir os tempos de chegada à vítima, perímetros urbanos cujo trânsito intenso pode condicionar o acesso a uma ambulância/EMIR ou ainda zonas sujeitas a tráfego mais intenso devido a atracções lúdicas. A acção (com um tripulante) está limitada apenas a uma abordagem inicial, sendo que a mesma não tem capacidade de transporte. Richard Marques
Madeira não coloca de parte a utilização de motociclos de emergência?