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Bloco de Esquerda "não se calará perante as injustiças e as desigualdades"

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Este sábado assinala-se o Dia Internacional da Mulher, uma data que o Bloco de Esquerda assinala e garante que "não se calará perante as injustiças e as desigualdades". 

Em nota emitida à comunicação social, o partido refere que celebra a efeméride estando ciente dos "avanços que muitas mulheres conquistaram antes de nós, mas ainda do tanto que falta fazer", acrescentando que é "importante" continuar a assinalar este dia. "Porque nada foi dado às mulheres. Tudo foi luta, muitas vezes pago com a própria vida. Tudo foi conquista, que exigiu determinação e rebeldia contra o poder patriarcal instalado, que considerava a mulher um ser inferior e que, também por isso, deveria ser submissa ao pai, ao marido, ao homem dominante", disse Dina Letra.

"Os números da violência doméstica, do assédio e da violência sexual e psicológica, da desigualdade salarial, da prevalência do trabalho doméstico e do cuidado quase exclusivamente sobre a mulher comprovam o muito que falta fazer para termos uma sociedade mais justa e igualitária", apontou. 

O partido defende ainda direito e deveres iguais independente do género. "Esta é a luta feminista e aqui cabe toda a gente, aqui não interessa o género, mas a defesa dos direitos humanos."

Deixa ainda um alerta: "Deixamos também o alerta, de que todas estas conquistas, a liberdade tal como a conhecemos e vivemos actualmente não está garantida. Hoje, o mundo ocidental, progressista, democrático, defensor do direito internacional e do direito dos povos à sua autodeterminação está ameaçado por uma onda conservadora e de extrema direita, também no nosso país e aqui na Madeira, que quer travar o desenvolvimento e as conquistas individuais e colectivas que obtivemos nestes 50 anos de democracia."

"Já não basta ficar surpreendido com os ataques e os retrocessos que este conservadorismo está a querer implementar no mundo ocidental. Se queremos manter o nosso modo de vida, se acreditamos no caminho do progresso, se acreditamos na liberdade de ser e de estar é preciso um sobressalto. O sobressalto de quem acredita e defende a democracia e a liberdade. Por isso, não lhes damos descanso. Por isso é fundamental não abdicar das conquistas que tivemos. Por isso não podemos ser dominados pelo medo", concluiu.