Bienal concretiza descentralização da cultura no Funchal
Cristina Pedra destacou o aumento de 160% do orçamento municipal para a cultura
Na leitura de Cristina Pedra, a realização da primeira edição da Bienal de Arte e Design do Funchal assume-se como a concretização da “descentralização da cultura” na capital madeirense. Na cerimónia de apresentação daquela que é vista como uma “tertúlia de arte para artistas”, a presidente da autarquia fez questão de vincar a aposta que o seu Executivo vem fazendo na dinamização cultural do concelho, um desígnio apontado, “desde a primeira hora”, como uma “prioridade”.
“Teremos uma Bienal do mar à serra, em todas as freguesias, com a inclusão da comunidade, das forças vivas, das diversas associações públicas e privadas”, salientou a autarca, na sessão que teve lugar, na tarde desta quinta-feira, no Centro Cultural e de Investigação do Funchal.
Cristina Pedra consubstancia o investimento da Câmara do Funchal na cultura na verba inscrita no orçamento municipal para esse fim. Nesse sentido, destaca a quase triplicação desse montante, quando compara o orçamento de 2021, quando a coligação ‘Funchal sempre à Frente’ venceu a Câmara do Funchal à coligação ‘Confiança’, com o de 2025. Se naquele ano, nas contas da actual presidente da Câmara, o município previa alocar (investimento e despesas correntes) 2,6 milhões de euros à cultura, este ano o investimento previsto é de 6,8 milhões de euros.
Para um momento em que foram convidados vários artistas locais, Cristina Pedra fez questão de realçar que, na sua opinião, “não existe envolvimento de uma cidade sem desenvolver a cultura”, procurando, dessa forma, justificar a aposta do Executivo por si liderado neste domínio.
Esta 1.ª Bienal de Arte e Design do Funchal tem como tema ‘A ecologia das coisas’, com forte aposta na sustentabilidade, que acontece entre 25 de Março e 29 de Junho, na cidade do Funchal, tocando várias formas de arte, como as artes plásticas, a música, o teatro, o cinema, a gastronomia, bem como a arquitectura urbana e paisagística.
Esta Bienal, num investimento de cerca de 450 mil euros, tem coordenação-geral de Francisco Faria Paulino e curadoria de Susana Gonzaga, tendo a presidente da Câmara destacado a logística desta iniciativa camarária que procura chegar “a todos sem excepção”.