Albuquerque defende maior aposta do sector produtivo nos artistas e designers madeirenses
Repto deixado na abertura da primeira Bienal de Arte e Design do Funchal 2025
A Bienal de Arte e Design do Funchal 2025, hoje inaugurada, é o concretizar de um velho desejo do presidente do Governo Regional. “Esta bienal é algo que eu ansiava há muitos anos”, declarou Miguel Albuquerque na sessão de abertura do evento, realizada no Centro Cultural e de Investigação do Funchal (CCIF).
Depois de visitar a “magnífica exposição” patente no CCIF, dirigiu-se aos muitos convidados presentes dando nota que “toda a gente percebe que os países desenvolvidos e as sociedades culturalmente desenvolvidas têm no design e na arte uma mais-valia fundamental”
Razão para reforçar o “valor acrescentado” que a arte e o design emprestam a produtos e serviços. “Os produtos com design e com arte têm um valor muito maior”, salientou, para defender uma maior aposta neste valor fundamental. Nomeadamente nos designers e artistas madeirenses com grande talento. “Temos que potenciar e valorizar esse talento em todos os sectores da nossa vida social, económica e cultural”, desafiou.
Miguel Albuquerque defende “uma maior ligação entre a arte e o design, e o sector produtivo e os serviços. Esse é um trabalho que temos que fazer”, apelou.
Oportunidade para também desmistificar o “mito” que é “a ideia que os grandes designers surgem em grandes territórios continentais ou em grandes cidades. Isso é completamente falso”. Prova disso é a Madeira ter artistas e designers de referência mundial, caso de Nini Andrade, também presente na cerimónia.
Outro repto deixado visa a própria Bienal de Arte e Design do Funchal, que acontece pela primeira vez.
“Temos que dar continuidade a esta bienal. Não podemos interromper”, apelou, por considerar ser este “um evento fundamental” para a Madeira.