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Regionais 2025 Madeira

ADN-Madeira defende "um maior rigor" da ERC e da AACS na resposta às denúncias e irregularidades que afectam o jornalismo

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Foto enviada pelo ADN-Madeira, captada aquando de uma acção de campanha em 2024 na defesa das condições de trabalho dos jornalistas da RTP-M.

O Partido ADN - Madeira participou, a 28 de Fevereiro, tal como as restantes forças políticas e coligações que concorrem às Regionais, numa reunião convocada pelo Sindicato de Jornalistas da Madeira para discutir os desafios que esta classe profissional enfrenta diariamente.

Durante o encontro, conforme refere o ADN, foram apontados vários problemas que afectam os jornalistas, tais como:

  • "Baixos salários – cerca de 900€ no início de carreira, além de horas extras não remuneradas.
  • Exposição ao burnout – a pressão constante para transmitir informação de forma concisa e verdadeira, sob o risco de perderem a carteira profissional em caso de litígios judiciais.
  • Pressões e ameaças – tentativas de silenciamento para que certas informações não sejam divulgadas, como aconteceu nos incêndios na RAM, em Agosto de 2024.
  • Perfis falsos e desinformação – proliferação de contas anónimas nas redes sociais que distorcem e manipulam notícias. 
  • Uso indevido de conteúdo jornalístico – redes sociais que aproveitam trabalho profissional sem pagar, atribuindo-o a "anónimos".
  • Inteligência Artificial – novas ameaças que podem colocar jornalistas em situações falsas e agravar a disseminação de desinformação.
  • Precariedade e recibos verdes – décadas de trabalho sem vínculos estáveis, tornando a profissão cada vez menos atrativa para os jovens.
  • Risco de desaparecimento do jornalismo – impacto das novas tecnologias na viabilidade da profissão".

Diante deste cenário, o ADN-Madeira defende "um maior rigor por parte da AACS (Alta Autoridade para a Comunicação Social) e da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) na resposta às denúncias e irregularidades do sector".
Além disso, considera fundamental promover "mais pluralidade, liberdade e responsabilidade na comunicação social, bem como investir na literacia mediática para os leitores".

O ADN - Madeira apoia mais e melhores incentivos aos trabalhadores da comunicação social, explorando também os fundos do PRR para a defesa e promoção do trabalho de longa duração, em detrimento da precaridade dos recibos verde, para fortalecer o sector e deixá-lo imune a pressões dos lóbis globalistas ou outros. O ADN – Madeira reafirma o seu compromisso com uma imprensa plural, livre e responsável. Miguel Pita, coordenador regional do partido e cabeça-de-lista do ADN-Madeira