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Regionais 2025 Madeira

Por uma Madeira politicamente estável!

Tomás Faria, presidente da SEDES mede a temperatura política ao sétimo dia de campanha

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É isto e apenas isto que a população madeirense, deseja, podem não ser todos, mas isso são contas de outro rosário! Os tempos de incerteza que se vive a nível regional, nacional e internacional, não podem de forma alguma deixar que se retire a possibilidade de ver os madeirenses sonhar, até porque, se há momento, com razão para tal é este, conjuntura esta onde a nossa economia cresce, o desemprego é praticamente residual, onde as pessoas procuram soluções melhores para as suas vidas, e por isso a politica não poderá ser o elemento  desestabilizador, terá de ser o elemento que possa dar a tal estabilidade, a tal tranquilidade, que os empresários necessitam, para poder ter tempo para pensar em novos investimentos, pensando também na sua massa laboral , dando condições a estes, porque sem pessoas, não existem empresas, não existe tecido empresarial forte, não se cria riqueza, nem condições de estabilidade das famílias e não se consegue regiões economicamente fortes, que é isso que todos nós pretendemos para este lugar à beira mar plantado.

O que a população quer é estabilidade…PONTO! As pessoas estão fartas de jogadas de bastidores, de guerras internas e externas a nível partidário, guerras essas que não levam, ninguém a bom porto, estão a criar uma distancia cada vez maior, e repito cada vez maior, este não é o caminho. Sem pessoas, também não haverá politica, quando mais distantes as pessoas estiverem afastadas, desacreditadas, descontentes, e que facilmente se percebe qual o caminho que isto poderá ir e não é de todo, o que pretendemos.

A Politica tem de ser, um fator conciliador e não o desestabilizador  como tem sido nos últimos tempos, dando azo a abrir janelas de oportunidades aos extremismos a continuar a ganhar terreno, a ganhar espaço, seja à direita ou à esquerda como temos vindo a verificar nos tempos recentes, porque os que estão a fazer não é, nem mais nem menos, de se aproveitar para penetrar num espaço politico que em condições normais não teriam, senão fosse este turbilhão.

Arrisco a dizer, que a politica faz-se ao centro, com dialogo, com cedências, com ideias de parte a parte, com respeito pelas diferentes ideias, a politica do quer mando e posso, está desatualizada, a politica acima de tudo tem de ser construtiva e não destrutiva como tem sido nos últimos tempos, temos de deixar uma palavra de esperança que este pode ser um momento conturbado, mas que amanhã será melhor mas temos de ter a capacidade de dar a volta aos tempos agitados, mas não  desistirmos de lutar pela estabilidade social e económica da Madeira.

Penso que não acontecerá maiorias absolutas, isso parece-me coisa do passado, já temos vindo a perceber que o eleitorado, tende por “emprestar” o seu voto a um partido e noutra eleição a outro partido, o eleitorado mudou e já não é tão “fiel” como já foi no passado, criando incertezas no desfecho final, onde temos de estar preparados e abertos ao dialogo porque sem acordos entre as partes não teremos governos estáveis, recuemos ao passado e vejamos as decisões que foram tomadas por estadistas que pensaram no interesse do pais, em vês do interesse partidário. Acho que existe um tema muito importante e que não vejo, ser discutido como se esperava que é a  baixa tributação fiscal para uma região que está situada a meio do oceano atlântico.

Tudo o que se passou esta semana a nível nacional, com a queda de um governo da AD, transpirará mesmo que não se queira, para o contexto regional. Volta a estar na ordem do dia, a idoneidade de quem lidera, mas há mulher de César… o Presidente da Republica, um vez mais meteu o carro à frente dos bois, situação essa que deu força a uma possível queda do governo e estabilidade politica, que não abona a favor da imagem de Portugal lá fora.

A habitação está e continuará na ordem do dia, seja por via de habitação social, seja por via de cooperativas, seja por via da iniciativa privada, as pessoas têm de ter direito à habitação digna e com condições, porque senão vão começar a aparecer casas de madeira pré-fabricadas como cogumelos, como se tem assistido em outras zonas do País e que são uma verdadeira praga urbanística. Assisto muitas vezes a uma inércia ao nível do urbanismo pelas entidades camarárias, salvo exceções como é óbvio, mas se servir de inspiração a outras Câmaras Municipais, deixo aqui 2 exemplos, Câmara da Calheta e Câmara do Porto Santo.

O ambiente que se passa nos partidos políticos, os maiores regionais, o momento é de conciliar, as divisões têm de fazer parte do passado, seja no PSD com divisionismo que só vão retirar votos, neste momento só poderá existir um só partido, deixemos de ouvir os divisionistas, o risco de perder, para os que dizem o que as pessoas querem ouvir, neste momento é muito grande, seja no PS que em certa parte põe de parte pessoas que estão na vida ativa do partido, ou outros que são bons elementos e que podiam ser agregadores e que em meu entender não estão a contribuir para que consigam ter um bom resultado, seja no CDS, por não estarem a aparecer, pessoas que até á bem pouco tempo terem exercido funções publicas e que já não apareceram na ultima campanha. Não vejam isto como uma critica mas como um alerta.

A campanha na sua generalidade, está morna, até podemos dizer que um pouco abaixo de morna, porque as pessoas, não estão motivadas para tal , as pessoas estão fartas de andar a sempre votar, as pessoas querem eleger um parlamento e que por sua vez que as coisas tomem o seu rumo e se for por 4 anos melhor ainda, que sejam chamadas a julgar os intervenientes políticos ao fim de um período e não que seja o parlamento que por dá cá aquela palha, mandar governos abaixo, baseados em situações que não são eles que julgam mas sim, as entidades judiciais.

Espero que não se caia numa fria, após o dia 23 de março, pois a Madeira merece e precisa de estar numa posição onde pode “lutar” de igual por igual com outros territórios que nem de perto nem de longe têm as nossas mais valias.