"Incoerência é um partido que diz que vai limpar Portugal quando não limpa sequer as próprias mãos"
PAN Madeira refuta declarações de Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República
O PAN Madeira considerou, hoje, "irónico" que o combate à corrupção seja proclamado como um dos pilares do Chega.
"Calculismo foi a tentativa falhada do Chega ao apresentar uma moção de censura que atacava tanto o PSD como o PS, na esperança que a mesma fosse chumbada. Incoerência é um partido que diz que vai limpar Portugal quando não limpa sequer as próprias mãos. Deviam primeiro preocupar-se em limpar a casa", afirmou a porta-voz regional do partido, Mónica Freitas, em resposta às declarações de Francisco Gomes.
Em causa estão os comentários do deputado madeirense na Assembleia da República, que durante o debate de uma proposta apresentada por Inês Sousa Real, na Comissão da Agenda Anticorrupção, afirmou que o partido tem uma postura incoerente.
Chega acusa PAN de "calculismo e incoerência" no combate à corrupção
O deputado do Chega Francisco Gomes questionou o papel e o interesse do PAN no combate à corrupção, afirmando que o partido tem uma postura incoerente. Estes comentários foram feitos na Comissão da Agenda Anticorrupção da Assembleia da República durante o debate de uma proposta apresentada pela líder daquele partido, Inês Sousa Real.
Além do deputado do Chega mentir quando diz que o PAN foi a favor do adiamento da moção de censura, é ainda irónico que acuse o PAN de ser 'bengala protetora do PSD de Miguel Albuquerque', quando foi o próprio Chega que viabilizou o programa de governo e orçamento do PSD de Miguel Albuquerque e que mesmo com mais de 'metade do executivo já arguido em casos de corrupção', que se sentou na mesa com um desses membros para negociar o orçamento 2025 Mónica Freitas
A porta-voz regional do PAN e candidata às eleições regionais de 23 de Março desafia ainda Francisco Gomes a "clarificar o que é o Chega e o que é que realmente este partido defende".
"O PAN sempre se apresentou como partido de construção, que não está refém de ideologias e que tem as suas causas bem assentes, dando-as a conhecer de forma clara e transparente aos madeirenses. Já o Chega tem sido um partido que ainda ninguém percebeu, além do chavão da corrupção, o que é que defende e o que pretende para a Região", atira Mónica Freitas.
Foi o partido que se diz defensor dos professores mas que em vez de aprovar um decreto-lei apresentado pela Iniciativa Liberal para resolver a situação dos mesmos, optou por submeter uma mera resolução, chumbando a proposta que efetivamente teria impacto na resolução do problema. O partido que a única medida que apresentou para combate à corrupção foi a criação de um gabinete, proposta chumbada na legislatura passada, prevalecendo a proposta do PSD no mesmo sentido e aprovada pelos mesmos. E como não tinham mais o que apresentar, o que voltaram a trazer nesta legislatura foi novamente a criação de um gabinete anticorrupção, vangloriando-se por esta medida estar no orçamento 2024 e justificando assim a viabilização de um programa e orçamento Mónica Freitas
Em contrapartida, recordou que o PAN "tem apresentado a nível nacional um conjunto de medidas pela transparência e combate à corrupção, entre elas alterações legislativas como a regulamentação da atividade de lobbying, reforço de meios de combate à corrupção à disposição de magistrados e de gabinetes de investigação e acção penal, realização de estudos sobre o fenómeno, incluindo a academia e especialistas de diferentes áreas".
Apesar de não ser uma das principais bandeiras da nossa estrutura, é um princípio assente que consta do nosso programa eleitoral, é um trabalho de articulação que vamos fazendo pois ao ser aplicado a nível nacional tem repercussões na Região. Apesar de sermos um partido que apenas tem uma deputada regional e uma deputada na Assembleia da República, temos estado enquanto partido a trabalhar por maior transparência e rigor em todo o trabalho que desenvolvemos, essa é a nossa forma de estar em política Mónica Freitas