Projecto-piloto para detectar microorganismos nas águas residuais
Projecto de 2 milhões de euros visa detectar substâncias responsáveis na transmissão de doenças
A Madeira recebeu 2 milhões de euros para testar projecto europeu no âmbito de desenvolvimento de um sistema de acompanhamento, monitorização e detecção nas águas residuais de substâncias que são responsáveis pela transmissão de doenças, como a Covid e outras.
Dado revelado pelo secretário regional da Saúde e Protecção Civil à margem da sessão pública do projecto 'Smart Bear: Inovação Digital para um Envelhecimento Saudável', a decorrer no Centro de Congressos da Madeira.
“Temos já outro projecto, no valor de 2 milhões de euros, que é o SuperSight, que vai permitir que a região desenvolva um sistema de acompanhamento, monitorização, detecção nas águas residuais de substâncias que são responsáveis pelas doenças de transmissão e que hoje em dia tem sido um problema devido aos movimentos migratórios, que são aquelas situações da saúde pública e que podem infectar todos os países e todas as regiões”.
Projecto que visa detectar microorganismos, “nomeadamente aqueles que são responsáveis pela Covid, pela Zika, pela Chikungunya, tudo que seja problemas de saúde pública que, através desta área de investigação e com estes supersites, com este novo modelo de detecção, a Madeira poderá contribuir para esta rede que está a ser montada na União Europeia dos supersites”, explicou.
Pedro Ramos adiantou que este projecto “já está em andamento e vamos ter zonas de detecção não só nos portos, mas também a nível dos aeroportos, no sentido de começarmos a enviar as amostras para o continente e para depois vermos os resultados e analisarmos os resultados”.
O projecto que tem 2 milhões de euros de financiamento europeu como budget envolve diversos parceiros na Região, “nomeadamente a Direcção Regional da Saúde, e provavelmente também a Universidade da Madeira”, naquilo que diz ser um “pequeno contributo como região ultraperiférica da União Europeia”, concretizou.
