MPT acusa PSD e CDS de "afundarem" o Funchal em dívidas
O Partido da Terra (MPT) vem criticar a "incompetência" do executivo PSD/CDS na Câmara Municipal do Funchal (CMF), que desperdiçou 23 milhões de euros destinados à construção de habitação social, um montante, proveniente do programa '1.º Direito', permitiria construir 169 habitações para famílias carenciadas, mas foi perdido devido à inação e má gestão da actual liderança municipal.
Segundo Valter Freitas Rodrigues, deputado Municipal do Partido da Terra, a presidente da autarquia, Cristina Pedra, e a sua equipa demonstraram "uma preocupante falta de compromisso" com os funchalenses mais necessitados. "Em vez de avançarem com os projectos habitacionais previstos, optaram por culpar administrações anteriores, ignorando as suas responsabilidades actuais. Esta postura revela uma desconexão total com as reais necessidades da população", sublinha.
Mas se a má gestão na habitação já era grave, agora o município enfrenta mais um escândalo: a autarquia pode ser penhorada pela Águas e Resíduos da Madeira (ARM) devido a dívidas acumuladas. O executivo PSD/CDS, que tanto se vangloriou de ser cumpridor, acusando a anterior gestão de esconder contas, vê agora a verdade vir ao de cima. Afinal, como diz o povo, “mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo”. Valter Freitas Rodrigues, deputado Municipal do Partido da Terra
O Partido da Terra exige assim explicações imediatas da presidente Cristina Pedra e da sua equipa sobre estes fracassos. "O que aconteceu às promessas de equilíbrio financeiro? Onde estão os milhões que garantiam ter para pagar as dívidas? A realidade é que este executivo enganou os funchalenses e continua a arrastar o concelho para um buraco financeiro cada vez mais profundo", disse, enumerando outras questões que espera serem respondidas. "Por que razão o PSD e o CDS não priorizam políticas efectivas de habitação social? Como explicam a dívida crescente e a possível penhora da autarquia pela ARM? Quais medidas concretas serão tomadas para evitar mais desperdício de recursos públicos?", acrescenta.