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Madeira

Albuquerque está contra o agravar do imposto do álcool

Como forma de desincentivar ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas

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O Governo Regional não concorda que se aumente o imposto do álcool, como defendido por algumas organizações, como forma de combater, através do desincentivo ao consumo, o consumo excessivo de álcool.

“Sou contra”, foi a resposta imediata de Miguel Albuquerque, durante a visita à empresa J. Alberto & Filhos, Lda., que tem como principal actividade a área da distribuição de bebidas, nomeadamente a representação de vinhos.

“Temos é que baixar os impostos para ter mais capacidade competitiva”, defende o presidente do Governo.

Minimiza o consumo de álcool na Região ao concluir que os números “diminuíram” e a realidade actual está longe do alcoolismo “devastador” que a Madeira enfrentou há décadas atrás.

Entende que em vez de onerar o consumo através da sobrecarga de impostos importa é “continuar a fazer campanhas de sensibilização, mas não é penalizando o mercado nem ponto impostos em cima das famílias e das empresas que vamos resolver isso”, considera.

Mais ainda por entender que o consumo de álcool está longe de apresentar os níveis preocupantes de outros tempos. Consumo que “era muito mais alto há muitos anos atrás”.

Tanto que elogia o trabalho “extraordinário” feito pela Casa de Saúde de São João de Deus, sobretudo nos anos 70 e 80, quando “o alcoolismo era devastador na Madeira. Não tem nada a ver com a realidade actual”, sublinha.

Argumentos para contestar a política de aumentar impostos para fazer diminuir o consumo. Diz mesmo que uma das pragas da política europeia é o excesso de regulamentos e impostos.

Aponta para o relatório sobre o futuro da competitividade europeia elaborado por Mario Draghi, apresentado em Setembro do ano passado, onde entre várias conclusões, destaca a perda de competitividade da Europa relativamente aos EUA no que à produtividade diz respeito, “em 1995 era de 5% e agora é de 20%”, assim como a diminuição, a desfavor da Europa, no rendimento per capita.

“O que temos de fazer é aliviar as empresas, garantir que os impostos razoáveis para que os empresários possam ganhar dinheiro e as empresas conseguirem prosperar num mercado que é difícil”. Reforça que “a Europa está em declínio económico por isso o que precisamos é do mercado a funcionar e do apoio às empresas. Não é sobrecarregar as empresas e os empresários com impostos”, concretizou.