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Madeira

Avaliação de habitação na Madeira cresceu quase 12% em um ano

Em Janeiro de 2025 o valor mediano fixou-se nos 2.000 €/m2, igual a Dezembro de 2024

Foto Shutterstock
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No primeiro mês de 2025, o valor mediano de avaliação bancária de habitação na RAM manteve-se nos 2.000 euros/m2, comparativamente ao último mês do ano passado, mas "em relação ao mesmo mês do ano anterior, observou-se uma subida de 11,9% (+213 euros)", informa hoje a DREM, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O grande destaque vai para as moradias, com a Madeira a registar o maior aumento homólogo a nível nacional.

Já "nos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária na RAM foi de 2.123 euros/m2, traduzindo uma variação de -0,6% comparativamente a Dezembro de 2024 e de +14,4% face ao mês homólogo", a verdade é que a região com melhor registo, no caso o aumento maior, foi os Açores (+19,3%), embora com preços muito inferiores (1.781 euros/m2).

No entanto, "nas moradias, este indicador situou-se nos 1.818 euros/m2, valor inferior em 0,5% ao observado no mês anterior e +11,7% acima do registado no mesmo mês do ano passado", que tal como referido é o maior aumento no país.

"A nível municipal", frisa a Direção Regional de Estatística da Madeira, "é de referir que o valor mediano de avaliação bancária no Funchal, em Janeiro de 2025, se fixou nos 2.278 euros/m2, -2,3% em relação ao mês precedente e +10,9% em comparação com Janeiro de 2024", numa das poucas quebras mensais dos últimos anos.

"Para além do Funchal, e no mês em referência, também ultrapassaram o número mínimo de observações registadas (33) os municípios de Câmara de Lobos e de Santa Cruz, cujos valores de avaliação bancária atingiram os 1.824 euros/m2 e os 1.887 euros/m2, respetivamente. Câmara de Lobos observou um acréscimo de 3,4% face ao mês anterior e de 15,5% em relação ao mês homólogo, enquanto Santa Cruz registou uma variação mensal de +0,2% e homóloga de +16,1%", destaca.

Segundo a DREM, "o valor mediano de avaliação bancária no País fixou-se nos 1.774 euros/m2, mais 27 euros que no mês anterior (+1,5%)", enquanto "a variação homóloga foi de +14,5% (+224 euros)", significando um comportamento menos 'impetuoso' do mercado imobiliário, pelo menos neste particular da avaliação.

Como referido, "no contexto das 9 regiões NUTS II do país, os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.611 euros/m2), no Algarve (2.311 euros/m2) e Península de Setúbal (2.015 euros/m2), surgindo, na posição seguinte, a RAM (2.000 euros/m2). Face ao período homólogo, a Península de Setúbal (+14,6%) registou a maior variação positiva, enquanto no Alentejo (+3,4%) verificou-se a menor. Comparativamente ao mês anterior, as regiões do Centro, Península de Setúbal e Alentejo (as três com +1,8%) lideraram as subidas, surgindo, no polo oposto, a RAA (-1,4%)".

Outro indicador importante, para se perceber o stock de imóveis para venda, é o número de avaliações realizadas que aumentou face ao mês homólogo. "Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária, de Janeiro de 2025, foram consideradas 811 avaliações, +44,6% que no mesmo período do ano anterior", assinala a DREM. "Destas, 460 foram de apartamentos e 351 de moradias", mas "em comparação com o mês anterior, realizaram-se menos 28 avaliações, o que corresponde a um decréscimo de 3,3%".

"A nível nacional, a variação homóloga do número de avaliações bancárias foi de +22,1%, enquanto a variação em cadeia se fixou em -5,1%", curiosamente seguindo um percurso oposto.