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Madeira

Há 18 anos Jardim pedia demissão

Uma das manobras do histórico ex-presidente da Madeira para recordar neste ‘Canal Memória’

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Foto arquivo/ Aspress

A 19 de Fevereiro de 2007, Alberto João Jardim demitia-se do cargo de presidente do Governo Regional da Madeira, que ocupava desde Março de 1978. A sua renúncia levou o presidente da República a dissolver a Assembleia Legislativa da Região, após parecer do Conselho de Estado e a convocar eleições antecipadas para 6 de Maio de desse mesmo ano.

São muitos os episódios polémicos do ‘jardinismo’, afinal falamos do político que, em 2014, bateu o recorde de longevidade no poder, recorde esse que pertencia a Oliveira Salazar (36 anos e 85 dias de governação). Um deles aconteceu precisamente neste dia, há 18 anos.

Mas comecemos pelo início, Alberto João Jardim assumiu a presidência do Governo Regional da Madeira a 16 de Março de 1978, com apenas 33 anos de idade. Nesse dia proferiu a célebre frase “a Madeira será o que os madeirenses quiserem”.

Alberto João Jardim governou sempre com maiorias absolutas. Nos 13.514 dias de governação fez 4.850 inaugurações, uma média de uma inauguração de 2,7 em 2,7 dias. Entre eleições Regionais, Autárquicas, Europeias, Presidenciais e Legislativas Nacionais averbou para o PSD-Madeira 46 vitórias eleitorais.

O ano 2007 marcaria, porém, um agudizar das tensões com o Governo Central, com o presidente da Região Autónoma da Madeira a apresentar a demissão do cargo, a 19 de Fevereiro, em protesto contra a nova Lei de Finanças Regionais apresentada por José Sócrates, motivando a convocação de eleições antecipadas, às quais Jardim concorreria.

“Jardim anuncia hoje demissão mas volta a candidatar-se”, era a manchete do DIÁRIO há 18 anos.

O resto é História. Alberto João Jardim voltaria a vencer as Regionais de 2007,com maioria reforçada, mas o ‘jardinismo’ duraria apenas mais um mandato.