Costa e Von der Leyen saúdam boa discussão de líderes da UE sobre apoio a Kiev
Os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudaram hoje a "boa discussão" dos líderes da UE, esta manhã, sobre o apoio à paz e reconstrução da Ucrânia.
"Agradecemos a Friedrich Merz [chanceler alemão] por convocar uma reunião de coordenação dos líderes para avaliar os últimos desenvolvimentos nas negociações de paz na Ucrânia", escreveu António Costa, na rede social X.
"Estamos unidos na nossa determinação de intensificar os esforços em prol de uma paz justa e sustentável", acrescentou.
Já Ursula von der Leyen assinalou que esta foi uma "boa discussão com os líderes europeus sobre o apoio à Ucrânia, à sua segurança e à reconstrução do país".
"Em última análise, a prosperidade de um Estado ucraniano livre reside na adesão à UE. É também, por si só, uma garantia fundamental de segurança", destacou, na mesma rede social.
A líder do executivo comunitário adiantou que "a adesão [europeia] não beneficia apenas os países que aderem, como demonstram as sucessivas vagas de alargamento, [pois] toda a Europa beneficia com ela".
Os líderes europeus discutiram a situação na Ucrânia, numa reunião realizada por videoconferência esta manhã.
A reunião faz parte dos intensos esforços diplomáticos em curso desde novembro para tentar pôr fim ao conflito mais mortífero da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os negociadores de Kiev falaram por telefone com o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, após um encontro entre os chefes de Estado dos dois países, e as subsequentes discussões com os líderes europeus.
Um cessar-fogo está a ser negociado com as partes sob mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump, tendo este assegurado, no domingo, que o acordo está "mais perto do que nunca".
A proposta de acordo, que já teve várias versões, propõe agora o congelamento das linhas da frente nas posições atuais, sem oferecer uma solução imediata para as reivindicações territoriais da Rússia, que controla aproximadamente 20% da Ucrânia.
O novo documento abandona também duas exigências de Moscovo: a retirada das tropas ucranianas da região de Donetsk, no Donbass, e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.
Zelensky disse que os ucranianos "não podem simplesmente renunciar" aos territórios orientais do país atualmente controlados pela Rússia.