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Madeira

JPP critica PSD por impedir esclarecimentos sobre tarifas elevadas da TAP

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Foto JPP

O Juntos Pelo Povo (JPP) manifestou esta quarta-feira o seu “profundo desagrado” com a decisão do PSD de rejeitar o requerimento apresentado pelo deputado Filipe Sousa para a realização de uma audição ao Presidente do Conselho de Administração da TAP Air Portugal, segundo a nota de imprensa enviada às redacções.

O requerimento, apresentado a 4 de Novembro de 2025, tinha como objectivo esclarecer a política de preços da companhia aérea nas ligações entre o continente e a Região Autónoma da Madeira, cujas tarifas, de acordo com o JPP, “ultrapassam largamente qualquer critério de razoabilidade económica e penalizam gravemente madeirenses e portosantenses”.

Ao recusar esta audição, o PSD escolheu mais uma vez proteger o conforto político e institucional da TAP, em detrimento do interesse público e do direito elementar dos cidadãos à mobilidade, a preços iguais aos que são praticados no mercado para distâncias idênticas e não a especulação a que a TAP se habitou com a conivência do PSD, CDS e PS. Filipe Sousa, deputado do JPP à Assembleia da República

O deputado destacou que a decisão ignora o impacto das tarifas superiores a 400 euros por trajecto e de viagens que podem ultrapassar mil euros (ida e volta) sobre residentes e estudantes madeirenses e portosantenses, assim como a discriminação contra quem não consegue aceder às chamadas “tarifas promocionais”.

Filipe Sousa acusou ainda o PSD/CDS de reincidência. “Já haviam falhado na resolução das limitações do Subsídio Social de Mobilidade, impedindo repetidamente um modelo justo em que os beneficiários pagassem apenas a parte não subsidiada", lê-se, ainda no comunicado.

O parlamentar criticou especificamente a postura da deputada Vânia Jesus (PSD/CDS Madeira), que, na quarta-feira, afirmou que a requerimento “não acrescentaria nada de novo” sobre os preços da TAP, posição que, segundo o JPP, traduz um alinhamento com uma “lógica de bloqueio, opacidade e desresponsabilização”.

Depois de rejeitar o requerimento do JPP, o PSD, pela voz da madeirense Vânia Jesus, voltou esta quarta-feira a alinhar com uma lógica de bloqueio, opacidade e desresponsabilização, ao afirmar que a audição do JPP não acrescentaria nada de novo à questão dos elevados preços cobrados pela TAP, ou seja, a deputada do PSD/CDS Madeira propõe o ‘come e cala-te’ e faz a defesa intransigente da política de preços da TAP na linha para a Região, declaração que é a assunção de que estes partidos não estão na Assembleia da República para defender o que é justo para os madeirenses, mas sim os interesses centralistas do PSD/CDS. Filipe Sousa, deputado do JPP à Assembleia da República

“O PSD, ao impedir esta audição, presta um mau serviço ao país e, em particular, à Região Autónoma da Madeira. Fechar portas ao escrutínio é fechar portas à solução”, concluiu Filipe Sousa, sublinhando que o JPP continuará a lutar, dentro e fora do Parlamento, para que a TAP seja chamada a responder pelas suas práticas e para garantir uma mobilidade justa para os residentes da Madeira e do Porto Santo.