A pobreza nunca acabará
As pessoas não conseguem fazer uma ideia dos poderes que a pobreza dá aos políticos, aos ditadores e às religiões.
Porque sem a pobreza, há muito tempo que as religiões e os políticos teriam acabado ou talvez nunca tivessem existido.
Tanto os políticos como os ditadores e as religiões precisam da pobreza para sobreviver.
E quanto mais o ser humano estiver na miséria, mais poder e mais riqueza os políticos e as religiões conseguem ter.
Todas as ditaduras que há no mundo só existem graças à pobreza e à miséria nesses países.
A pobreza e a miséria fazem do ser humano um ser vulnerável, incapaz de pensar por si próprio, incapaz de ter a sua inteligência, fácil de ser influenciável e fácil de manipular.
E é por isso que a pobreza e a miséria nunca irão acabar.
É uma ilusão acreditar que um dia teremos um mundo sem miséria.
É revoltante ouvir os políticos e as religiões dizerem que estão preocupados com a pobreza e com a miséria das pessoas.
Porque é tudo mentira deles.
No dia em que acabar a pobreza será o fim dos políticos e das religiões, e é o fim dos ditadores.
Há vários tipos de pobreza: há a pobreza cultural, há a pobreza intelectual, há a pobreza da sabedoria e da inteligência.
A pobreza intelectual e a falta de inteligência é muito pior que a miséria humana.
Porque um ser humano sem cultura e sem inteligência é incapaz de sair da miséria e de lutar por uma vida melhor.
Quem vive na pobreza deixa-se manipular por toda a gente e acredita em tudo o que dizem.
E é por isso que jamais os políticos e as religiões irão fazer alguma coisa para acabar com a pobreza e a miséria no mundo.
Não podemos contar com a ajuda dos políticos nem das religiões para acabar com a pobreza.
Temos que ser nós mesmos a ajudar uns aos outros, se quisermos acabar com a pobreza. Acabar com a pobreza começa pela educação e por ter os mesmos direitos que os outros têm. Poder lutar pelos seus sonhos, saber aproveitar as oportunidades que temos na vida.
Essas são as únicas maneiras de sair da pobreza e da miséria.
Edgar B. Silva