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Produção ou provisão pelo Estado – o caso das Altas Problemáticas

Resolvi recorrer à Inteligência Artificial (IA) para escrever este último artigo de opinião deste ano. Comecei por perguntar o que são “altas problemáticas” nos hospitais e passo a citar a resposta da IA: “Em resumo, são doentes que, apesar de recuperados clinicamente, ficam “presos” ao hospital por razões de natureza social, tornando-se um problema complexo e dispendioso para o sistema de saúde português.”.

Perguntei de seguida o que são “internamentos sociais” nos hospitais e a resposta da IA foi: “Em resumo, são doentes que, apesar de recuperados clinicamente, ficam “presos” ao hospital por razões de natureza social, tornando-se um problema complexo e dispendioso para o sistema de saúde português.”.

Vemos que “altas problemáticas” e “internamentos sociais” são duas formas de denominar a mesma situação: pessoas “presas” nos hospitais apesar de recuperados clinicamente continuando nos hospitais por razões de natureza social. Estima-se que estejam mais de 2000 pessoas nesta situação nos hospitais públicos, o que é extremamente dispendioso para nós contribuintes que pagamos o sistema de saúde. Além disso essas pessoas estão em ambientes mais propícios a contraírem doenças e ocupam camas que bem necessitamos para doentes, os quais muitas vezes acabam por ficar em macas nos corredores.

Penso que todos os leitores concordarão comigo que esta situação se verifica após terem-se esgotados todas as possibilidades de solução (famílias sem capacidade de cuidar, falta de lares ou de unidades de cuidados continuados) cabendo ao Estado resolver a situação destas pessoas que são das mais vulneráveis na sociedade.

Chegado a este ponto perguntei à IA se as empresas de prestação de serviços a idosos podem ajudar a resolver o problema dos internamentos. A resposta da IA foi: “Em resumo, as empresas de serviços para idosos são uma peça fundamental para que os idosos recebam cuidados adequados no seu ambiente, reduzindo a pressão sobre os hospitais, mas a implementação em larga escala depende de modelos de financiamento e coordenação entre Estado e setor privado “.

Termino esta minha opinião de 2025 com a pergunta: vamos continuar à espera de que o Estado seja o produtor construindo lares, contratando funcionários e tudo o mais para resolver a situação ou vamos ver a provisão pelo Estado financiando as famílias, empresas e instituições sociais envolvendo-as na resolução da situação que urge terminar de modo que haja ganhos significativos de eficácia nos gastos dos nossos impostos.

Como contribuinte custa-me pagar para ter pessoas sãs “presas” nos hospitais, por isso, o meu voto para 2026 é: maior eficiência na gestão da utilização dos fundos postos à disposição do Estado por todos nós.