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Madeira

Sindicato critica Universidade da Madeira por "tratamento discriminatório" aos trabalhadores

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Foto ASPRESS

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas veio hoje a público, através de comunicado à imprensa, manifestar indignação pelo tratamento dado aos trabalhadores da Universidade da Madeira (UMa), acusando a instituição de discriminação face aos restantes funcionários públicos da Região.

Em nota de imprensa, o sindicato denuncia que, apesar de a UMa exercer a sua actividade na Região Autónoma da Madeira, não aplica o regime laboral regional, mantendo antes as condições da República. Entre as diferenças apontadas estão a aplicação do salário mínimo nacional em vez do regional e o número de dias de férias.

A mais recente crítica centra-se na atribuição de tolerâncias de ponto. A reitoria da UMa decidiu seguir o calendário nacional, o que levou à situação que o sindicato classifica como "ridícula": a concessão de tolerância de ponto no dia 26 de Dezembro, que é feriado na Madeira.

"O sr. reitor pode e deveria ter em consideração os trabalhadores da universidade da Madeira, no mínimo de respeitar as recomendações da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal", critica Nelson Pereira, coordenador da delegação sindical, que apela ao cumprimento das recomendações da Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho.

O sindicato considera que esta decisão demonstra "falta do conceito de justiça, de compreensão e de sensibilidade", impedindo os trabalhadores da universidade de conviver com as suas famílias durante a época festiva.

A Universidade da Madeira, apesar de estar sob tutela do Governo da República, opera em território regional, o que tem gerado tensões recorrentes sobre qual o regime laboral aplicável aos seus funcionários.