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Identificado suspeito do tiroteio na Universidade de Brown

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Os investigadores acreditam ter identificado um suspeito seis dias após o tiroteio que matou dois estudantes e feriu outros nove na Universidade de Brown, noticiaram hoje os meios de comunicação social norte-americanos.

A estação CNN citou dois agentes ligados ao processo, que adiantaram que os investigadores acreditam ter identificado um suspeito no tiroteio na Universidade de Brown.

A CBS News também divulgou informações semelhantes, noticiou a agência France-Presse (AFP), acrescentando que a conferência de imprensa diária das autoridades, marcada para as 16:00 (21:00 em Lisboa), foi adiada.

As autoridades norte-americanas disseram hoje que estão a investigar a ligação entre o tiroteio na Brown University e o crime que ocorreu dois dias depois, em Boston, que matou o professor português do MIT Nuno Loureiro.

Segundo três pessoas ligadas ao assunto, não autorizadas a discutir uma investigação em curso e que por isso falaram sob condição de anonimato disseram à agência de notícias Associated Press (AP) que os investigadores tinham identificado um suspeito com ligação aos dois tiroteios e estavam ativamente à procura dessa pessoa.

O atacante em Providence, Estado de Rhode Island matou no sábado dois alunos e feriu outros nove numa sala de aula do edifício de engenharia da escola antes de conseguir fugir.

Dos feridos, três tiveram alta hospitalar na quarta-feira, cinco estavam em condição estável e o último estava em estado crítico, mas estável, segundo as autoridades.

No domingo, um homem foi detido no âmbito da investigação, mas posteriormente libertado por falta de provas incriminatórias.

Foi oferecida uma recompensa de 50 mil dólares (cerca de 42,6 mil euros) por informações que levem à detenção do autor do crime, considerado "armado e perigoso".

A cerca de 80 quilómetros a norte, o professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Nuno Loureiro, de 47 anos, foi abatido a tiro na sua casa na noite de segunda-feira, num subúrbio de Brookline, em Boston.

O FBI (polícia federal dos EUA) afirmou anteriormente não ter conhecimento de qualquer ligação entre os dois casos.

"Neste momento, não parece haver qualquer ligação" entre esta morte e o ataque em Brown no sábado, frisou o agente do FBI Ted Docks, que está a liderar a segunda investigação, numa conferência de imprensa na terça-feira.

Outros ataques de grande destaque também demoraram dias ou mais para efetuar uma prisão ou encontrar os responsáveis, incluindo o homicídio numa rua em Nova Iorque do CEO da UnitedHealthcare no ano passado, que demorou cinco dias.

Em Providence, as autoridades realizaram buscas por provas e apelaram ao público para verificar quaisquer filmagens de telemóvel ou de segurança que possam ter da semana anterior ao ataque, acreditando que o atirador poderá ter estudado o local com antecedência.

Os investigadores divulgaram vários vídeos das horas e minutos antes e depois do tiroteio que mostraram uma pessoa que, segundo a polícia, corresponde à descrição dada pelas testemunhas do atirador.