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Polícia liberta suspeito de tiroteio na Universidade de Brown (EUA) e intensifica buscas

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Foto Reuters

A polícia norte-americana libertou hoje um homem detido no âmbito da investigação ao tiroteio na Universidade de Brown no sábado, que fez dois mortos e nove feridos, e intensificou a busca pelo suspeito.  

A polícia de Providence, cidade onde se situa a prestigiada universidade da Ivy League norte-americana, declarou na plataforma X que está a "aumentar a presença nos bairros" e a "abordar lojas e residências para solicitar quaisquer imagens de vídeo disponíveis". 

Anteriormente, a polícia tinha divulgado dez segundos de vídeo do suspeito, visto de costas a caminhar rapidamente por uma rua deserta após o tiroteio, e lançou um apelo público a potenciais testemunhas.  

"Claramente, temos um assassino à solta, e por isso não vamos divulgar o nosso plano" para o capturar, comentou o procurador-geral do estado de Rhode Island, Peter Neronha, ao anunciar a libertação do homem de mais de vinte anos preso no domingo. 

"Não há razões para o considerar um possível suspeito", assegurou à imprensa. "É por isso que está a ser libertado." 

O tiroteio ocorreu no segundo dia de exames nacionais perto do edifício Barus & Holley, um complexo de sete andares onde funciona a Escola de Engenharia e o departamento de Física de Brown. 

 Dois estudantes foram mortos: Ella Cook, vice-presidente da Associação Republicana de Brown, e Mukhammad Aziz Umurzokov, originário do Uzbequistão, que ambicionava ser neurocirurgião. 

Dos nove feridos, um está em estado crítico, sete estão em estado grave e o último já teve alta do hospital, informou à imprensa norte-americana Brett Smiley, presidente da Câmara de Providence, capital do pequeno estado. 

Desde sábado, centenas de polícias vasculharam o campus da Universidade Brown, bem como bairros próximos, e analisaram vídeos, tendo em vista encontrar o atirador que abriu fogo numa sala de aula. 

Armado com uma pistola, o atirador disparou mais de 40 tiros de calibre 9mm, segundo um agente da autoridade. 

As autoridades não recuperaram ainda a arma, mas encontraram dois carregadores de 30 cartuchos municiados, disse o responsável à Associated Press (AP) sob anonimato, por não estar autorizado a falar publicamente sobre a investigação. 

Segundo o site da universidade privada, o edifício conta com mais de 100 laboratórios, dezenas de salas de aula e escritórios. 

A história recente dos Estados Unidos é marcada por tiroteios em massa em locais de trabalho, igrejas, superfícies comerciais, discotecas ou transportes públicos. 

O mais mortífero tiroteio numa instituição de ensino do país ocorreu em abril de 2007: um estudante matou 32 pessoas no campus da Virginia Tech antes de se suicidar.