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Madeira

Ministra diz que "portugueses devem pensar alto"

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A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, afirmou hoje que é preciso "sonhar alto" em relação à possibilidade de Portugal atingir um salário mínimo de 1.600 euros, embora a meta definida para esta legislatura seja de 1.100 euros.

"Se olharmos para países como o Luxemburgo, que já têm um salário mínimo acima de 1.600 euros, percebemos que é com estes que devemos comparar-nos. Veja-se, por exemplo, a Irlanda, enfrentou uma crise semelhante à nossa e hoje apresenta o segundo maior salário mínimo da Europa. A meta para esta legislatura é 1.100 euros, não 1.600, mas os portugueses devem pensar alto", acrescentou a ministra.

A ministra abordou ainda o próximo encontro com a UGT, que visa retomar negociações suspensas devido à greve.

Espero agora retomar o processo negocial, que o governo nunca interrompeu, tendo apenas sido suspenso devido à decisão da UGT de se alinhar com a CGTP e avançar para a greve, o que naturalmente levou à suspensão temporária das negociações. Com a greve concluída, a negociação será retomada, e espero que isso aconteça com o espírito construtivo que habitualmente orienta o diálogo do governo com a UGT, assim como com os demais parceiros sociais, com os quais a negociação nunca foi interrompida".  Maria do Rosário Ramalho

Em relação ao pacote laboral, Maria do Rosário Ramalho afirmou que este é um instrumento importante para aumentar salários, mas salientou que o crescimento económico também depende de políticas fiscais, reforma do Estado e legislação laboral adaptada ao século XXI.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, destacou a importância da presença da ministra na Madeira, aproveitando para reforçar que é um defensor das mudanças que precisam de ser introduzidas.

"Em primeiro lugar, acho muito importante a sra. ministra estar aqui na Madeira. Tenho uma franca admiração por ela, porque é uma política que toma decisões e avança para as reformas. Portugal precisa de políticos corajosos, que não se deixam intimidar. Nesse sentido, quero prestar a minha solidariedade à ministra, dizendo que acompanhamos a sua decisão de avançar com esta reforma, que é muito importante para modernizar o tecido produtivo, criar maior valor acrescentado na nossa economia e, sobretudo, tornar a economia mais dinâmica, ágil e adequada ao século XXI", disse.

E concluiu: "Nós não vivemos no século XIX, em plena era industrial, nem muito menos continuamos presos àquilo que era a vivência comum na revolução industrial. Todas as coisas mudaram, e temos de acompanhar essa mudança. Portugal tem que avançar, de uma vez por todas, com as alterações estruturais que são fundamentais para a modernização, para o crescimento económico e para o desenvolvimento integral. Temos de fazer isto em nome das novas gerações".