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Eleições Presidenciais Madeira

Catarina Martins defende nova geração de políticas de prevenção da violência doméstica

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Foto Facebook

A candidata presidencial Catarina Martins afirmou hoje que Portugal precisa de uma nova geração de políticas de prevenção da violência doméstica, defendendo que este é um dos maiores problemas de segurança no país.

Catarina Martins falava aos jornalistas, no Funchal, após ter reunido com responsáveis da Associação Presença Feminina, que dá apoio a vítimas de violência doméstica, destacando o "trabalho valioso" que ali é feito.

A candidata apontou que "a violência contra as mulheres e a violência doméstica continuam a ser um dos maiores problemas de segurança no país", mas ressalvou que "é possível sair dessas relações" e salientou o trabalho que é feito por diversas associações.

"Temos de aprender com essa experiência de quem foi capaz de sair da situação e teve apoio. E dizer também que nós, em Portugal, precisamos de uma nova geração de políticas contra a violência, de prevenção da violência", defendeu.

"Porque nós precisamos de apoiar as vítimas, mas, sobretudo, nós precisamos que não haja vítimas nem agressores, nós precisamos que a violência acabe", acrescentou a candidata apoiada pelo BE, que está a realizar uma visita de um dia à Madeira.

Catarina Martins reconheceu que um Presidente da República não legisla nem governa, mas vincou que pode "lançar os debates de outra forma".

"E eu proponho a lançar o debate sobre como é que acabamos com a violência dentro de casa, sendo capaz de uma nova política de prevenção com educação em todas as idades", declarou.

"Porque Portugal não pode resignar-se a que haja vítimas e agressores dentro de casa. Nós precisamos mesmo de mudar a nossa sociedade", reforçou, referindo que "há poucas coisas mais terríveis do que saber que, para muitas pessoas, estar em casa é o maior perigo".

Questionada, por outro lado, sobre o papel da inteligência artificial (IA) na discriminação das mulheres e de outros grupos minoritários, Catarina Martins afirmou que tem de haver regulação, uma vez que a IA "aprende com os padrões que encontra".

"Nós não podemos andar para trás. [...] As pessoas têm que ter a dignidade igual, toda a gente merece ser tratada com dignidade, toda a gente. E esse trabalho contra a discriminação não pode agora ficar em causa por uma inteligência artificial que aprende com o pior do mundo digital", sublinhou.