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Madeira

Chega quer eliminar taxas turísticas a madeirenses e açorianos nos hotéis das suas terras

Foto DR/CH
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O grupo parlamentar do Chega (CH) na Assembleia da República "apresentou uma proposta que prevê a isenção da taxa turística para todos os residentes das regiões autónomas da Madeira e dos Açores quando pernoitam em unidades hoteleiras localizadas nas respectivas ilhas", anunciou uma nota de um trabalho conjunto dos dois eleitos ilhéus, o madeirense Francisco Gomes e a açoriana Ana Martins. "Para o partido, a medida representa um passo necessário de justiça e equilíbrio fiscal entre as regiões autónomas e o território continental", salienta.

Segundo a proposta do partido, "não faz qualquer sentido que madeirenses e açorianos tenham de pagar uma taxa concebida para visitantes externos, quando se deslocam dentro da sua própria região ou quando utilizam serviços turísticos que pertencem ao território onde vivem, trabalham e pagam impostos", com o deputado eleito pela Madeira a reforçar que "a cobrança desta taxa aos residentes constitui uma situação absurda, que penaliza injustamente as famílias e não respeita as especificidades territoriais das regiões insulares".

E acrescenta: "Não é aceitável que um madeirense ou um açoriano sejam tratados como turistas na sua própria terra. A taxa turística deve servir para regular fluxos externos, não para castigar quem vive nas ilhas. Esta proposta é uma questão de justiça elementar."

Francisco Gomes sublinha que, "para muitos residentes, a estadia em unidades hoteleiras pode resultar de motivos profissionais, necessidades familiares ou falta temporária de alojamento, e não de turismo tradicional", por isso, advoga que o CH "considera incompreensível que estes cidadãos sejam obrigados a suportar uma taxa que não se ajusta à sua realidade".

Já a deputada Ana Martins eleita pelo círculo dos Açores, acrescenta que "a iniciativa pretende reforçar o princípio da autonomia regional e valorizar o contributo económico das populações locais", destacando que "as regiões autónomas têm identidade, especificidades e direitos próprios. Cobrar taxa turística aos residentes é ignorar essa realidade e tratar ilhéus como estranhos na sua própria casa. O CHEGA corrige essa injustiça com esta proposta clara e objetiva", conclui.