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Madeira

“Cada coisa a seu tempo” diz a secretária da Saúde em relação à dedicação plena dos médicos

Governante deu conta de que o orçamento do SESARAM para 2026 será preparado pela actual equipa, cujo presidente está de saída

Micaela Freitas marcou presença na sessão de abertura das II Jornadas de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria na Infância e Adolescência.
Micaela Freitas marcou presença na sessão de abertura das II Jornadas de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria na Infância e Adolescência., Foto DR/SRS

A secretária regional de Saúde e Protecção Civil recusa atrasos na negociação das condições para o regime da dedicação plena dos médicos, no Serviço de Saúde da Região (SESARAM).

Confrontada com as denúncias dos sindicatos sobre o atraso a Região nessa matéria, Micaela Freitas defende que “cada coisa a seu tempo”. A governante escudou-se na instabilidade política do início do ano e na aprovação tardia do Orçamento da Região, que entrou em vigor apenas em Julho.

“O Orçamento da Região foi aprovado em Julho, portanto, só a partir desse momento é que se poderia fazer qualquer negociação. Em relação aos médicos, certamente que o Conselho de Administração do SESARAM vai reunir com eles, como reuniu com o  [Sindicato] dos Enfermeiros. Como eu própria também já reuni, quer com o Sindicato dos Médicos, quer com o Sindicato dos Enfermeiros. Cada coisa a seu tempo”, rematou.

Ainda quanto à órgão de gestão do SESARAM, e embora Miguel Albuquerque tenha já dado como certa a saída de Herberto Jesus, o orçamento daquela empresa pública para 2026 deverá ser preparado pela actual equipa, cujo ‘mandato’ termina hoje.

Isso foi o que garantiu Micaela Freitas, esta manhã, aos jornalistas, antes de participar na cerimónia de abertura das II Jornadas de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria na Infância e Adolescência.

“O mandato termina hoje, mas as pessoas continuam em funções. Aliás, como a própria lei determina”, começou por salientar a governante, acrescentando que “o Conselho da Administração está, neste momento, envolvido numa tarefa que é importantíssima para a saúde e para a Região, que é a conclusão do orçamento para o ano de 2026. E é preciso a conclusão desse processo e deixá-los trabalhar como estão legitimados para isso”, sustentou a secretária regional, apontando não estarmos perante uma situação inédita.

De caminho, afirmou não haver qualquer desconforto interno. “As pessoas continuam a trabalhar com o mesmo empenho com que trabalharam desde o primeiro dia no exercício das suas funções. Ainda ontem estive no Hospital Dr. Nélio Mendonça e está tudo perfeitamente normal”, garantiu.