Zelensky promete apoiar UE contra incursões de drones russos
O Presidente da Ucrânia insistiu hoje que "vai depender" da vontade do homológo dos Estados Unidos da América (EUA) o país receber "mísseis de longo alcance" e prometeu ajudar a Europa a defender-se dos drones russos.
"Claro que não vamos ficar em silêncio e vamos apoiar a Dinamarca", disse Volodymyr Zelensky, à chegada para uma reunião da Comunidade Política Europeia, em Copenhaga, na Dinamarca.
Nas curtas declarações que prestou aos jornalistas, o Presidente ucraniano disse que a Ucrânia, que já tem experiência em combater as incursões de drones (aeronaves pilotadas remotamente) da Rússia, vai apoiar a União Europeia.
Sobre possibilidade de a Ucrânia receber míssies de longo alcance BGM-109 Tomahawk, uma hipótese que veio a público nos últimos dias, Volodymyr Zelensky disse que conversou com o homólogo dos EUA, Donald Trump, e que "tudo vai depender da vontade" da Casa Branca.
"Vai depender da decisão que ele [Donald Trump] tomar, que é significativa [para a Ucrânia]", comentou.
Rússia abateu 85 drones ucranianos sobre seis regiões russas e na Crimeia
As defesas aéreas russas abateram 85 drones ucranianos durante a noite de quarta-feira sobre seis regiões do país e na península da Crimeia, declarou hoje o Ministério da Defesa russo na rede social Telegram.
De acordo com o comunicado militar, 38 dos drones foram abatidos na região de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, e outros 13 foram derrubados na Crimeia, península ucraniana que foi anexada pela Rússia em 2014.
Os restantes drones foram intercetados e destruídos, segundo o Ministério da Defesa, sobre as regiões de Belgorod (11), Saratov (10), Rostov (7), Volgogrado (4) e Penza (2).
Devido aos ataques ucranianos, os aeroportos de Astrakhan, Saratov e Volgogrado suspenderam temporariamente as operações, que foram retomadas após o fim da ameaça à segurança dos voos.
Nos últimos meses, a Ucrânia tem lançado ataques contínuos contra refinarias de petróleo russas, provocando escassez de gasolina e, consequentemente, aumento dos preços.
A situação mais grave é na Crimeia, onde as autoridades ordenaram, na segunda-feira, o racionamento da venda de gasolina ao público, com um máximo de 30 litros por veículo.
No entanto, a medida foi insuficiente para aliviar a escassez de combustível, o que levou as autoridades da Crimeia a reduzirem a venda de gasolina para 20 litros por veículo.