Machico, entre a serenidade e a confiança na festa desta noite eleitoral
Afluência às urnas afigura-se superior às eleições anteriores
“Temos 10.384 eleitores na freguesia de Machico (…) e nota-se que tem bastante afluência, mais do que nas eleições anteriores” (pese embora ainda não haja números oficiais).
Os picos de afluência aconteceram “entre as 10 e as 11 horas deste domingo e, na parte da tarde, entre as 15 e as 16 horas”.
Era esta a percepção na secção de voto da Escola Básica e Secundária de Machico, por volta das 18 horas, ainda antes do fecho das urnas.
Já nas sedes das duas maiores candidaturas (PS e PSD/CDS-PP), pouco antes das 19 horas, o sentimento era contrastante.
Numa casa mais “cheia”, Luís Ferreira, candidato à Câmara Municipal de Machico pela coligação PSD/CDS-PP, estava visivelmente confiante.
“Estamos à espera de fazer festa no final desta noite eleitoral, pelo trabalho que fizemos durante a campanha e também pela receptividade das pessoas”, asseverava o cabeça-de-lista, em declarações ao Diário.
A uma curta distância, na sede do PS, o ambiente mais calmo e oscilava entre a ansiedade e a tranquilidade. Após o fecho das urnas os militantes foram chegando pouco a pouco.
“Agora não há nada a fazer antes da contagem dos votos. O sentimento é sempre positivo daquilo que foi o ‘feedback’ que fomos recebendo nos últimos dias. Hoje obviamente que estamos expectantes”, assumia Hugo Marques, reconhecendo que a campanha foi equilibrada.
“Agora vamos serenamente aguardar pelos resultados”, acrescentou.
Nestas autárquicas são candidatos à Câmara Municipal de Machico: Hugo Marques (PD); Luís Ferreira (PSD/CDS-PP), Luís Martins (JPP), António Nóbrega (IL), Duarte Aveiro (Chega), Pedro Carvalho (CDU) e António Roque (PTP).
O município de Machico foi um dos que viveu alternância política nas últimas décadas, tendo sido governado pela UDP, pelo PS e pelo PSD.
Machico foi a única autarquia da Região a ser liderada por três partidos diferentes?
As Eleições Autárquicas são um dos actos eleitorais em que a população se sente mais envolvida, talvez por implicar a escolha dos seus representantes mais próximos, como sejam os presidentes da Câmara ou das Juntas de Freguesia.
Nos últimos 12 anos, foi liderado pelo socialista Ricardo Franco, que chegou ao fim dos mandatos autárquicos permitidos por lei.
Nas Eleições Autárquicas de 2021, o candidato do PS foi reeleito com 51,57 % (5.894 votos), contra 35,99 % (4.113 votos) da coligação PSD/CDS-PP, liderada por Norberto Ribeiro. Os socialistas elegeram quatro vereadores e os social-democratas três, mais um do que em 2017.
Em relação às restantes candidaturas, o JPP manteve-se como terceira força política no concelho (com 4,51% do votos) e os estreantes Chega e Iniciativa Liberal, obtiveram respectivamente 2,09% e 1,71 %, dos votos, ficando à frente da CDU, com apenas 0,77 %, não tendo nenhum destes últimos obtido mandatos.
Estavam inscritos 20.560 eleitores, dos quais 11.429 exerceram o seu direito de voto. Registaram-se 0,81% de votos em branco (93 votos) e 1,92% de votos nulos (220 votos).