"Semáforos no Caminho das Virtudes foram um erro", reitera Confiança
Na sequência do anúncio da Câmara Municipal do Funchal sobre a desactivação dos semáforos no cruzamento do Caminho das Virtudes, implementando, em substituição, sinalização de paragem obrigatória (STOP), a Coligação Confiança vem lembrar que alertou, "há mais de um ano", para a situação que diz ter sido um "erro".
O vereador Rúben Abreu recorda que abordou esta situação em diversas ocasiões nas reuniões do executivo. Dando o exemplo da reunião de 2 de Novembro de 2023, o vereador afirma ter chamado a atenção para os problemas gerados por esta solução: "Alertámos para a confusão que aqueles semáforos provocavam na circulação de viaturas e de pessoas, que levava muitos peões a atravessar em locais inadequados, aumentando o risco de acidentes. Além disso, questionámos a retirada da sinalização vertical, que deixava indefinições sobre a prioridade no cruzamento. A resposta do executivo foi minimizar as nossas preocupações, mas o tempo veio dar-nos razão".
A Confiança sublinha que esta medida foi implementada pela actual gestão camarária no dia 18 de Setembro de 2023, "com pompa e circunstância", no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade. "No entanto, a pressa em inaugurar sem um estudo aprofundado dos impactos levou a que, pouco mais de um ano depois, a própria Câmara reconheça o erro e reverta a decisão", sublinha.
Rúben Abreu considera que "este é o resultado da má governação de um executivo com vertigem para a fotografia e que tem dado muito pouca atenção aos reais problemas da cidade”. O autarca conclui que "a realidade não deixa margem para dúvidas, tal como esta vereação PSD, os semáforos no Caminho das Virtudes foram um erro".
Além dos alertas feitos pela Confiança, foram muitos os munícipes que criticaram a medida, como a Coligação diz ter constatado em diversas queixas públicas e cartas de leitores na imprensa local. "A falta de clareza na circulação e a introdução de uma solução que não melhorou a segurança demonstraram que esta decisão não teve o planeamento necessário", refere.
A mobilidade urbana exige medidas bem estudadas e fundamentadas, e não anúncios apressados que acabam por ter de ser revertidos em tão pouco tempo. Infelizmente, este é mais um exemplo da falta de estratégia e planeamento da atual vereação, que toma decisões erradas e depois tem de recuar perante a evidência dos factos Rúben Abreu, vereador da Coligação Confiança
A Confiança garante que continuará a defender "medidas eficazes e bem planeadas" para a mobilidade no Funchal, "garantindo que as soluções implementadas sirvam, de facto, os interesses dos cidadãos e a segurança rodoviária".