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Confiança critica "decisões tomadas 'em cima do joelho'" por parte da CMF

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A coligação Confiança emitiu um comunicado onde denuncia "um padrão de decisões tomadas em cima do joelho, sem planeamento e sem um mínimo de coerência estratégica", dizendo que a Câmara Municipal do Funchal tem sido gerida de "forma errática e irresponsável".

"O que deveria ser uma governação responsável e previsível tornou-se uma gestão à mercê dos interesses do momento, com aplicação arbitrária das regras e critérios que variam conforme o freguês. Felizmente, este mandato está na sua reta final", apontam os vereadores.

A coligação justifica que, na última reunião de Câmara, votou contra mais uma alteração de alinhamentos na Planta da Cidade para acomodar um projeto imobiliário na Rua dos Ilhéus. Para a Confiança, este é mais um exemplo da política do “quem pode, pode” que tem marcado este executivo. "A anulação esporádica de alinhamentos não só promove a especulação imobiliária, como mina qualquer seriedade na gestão do território. O ordenamento da cidade deveria obedecer a critérios claros e previsíveis, mas esta maioria governa ao sabor do vento, favorecendo interesses particulares em detrimento do bem comum", considera.

Quanto à abstenção em relação à criação da Galeria Impulso, a coligação indica que esta nasce "da destruição do Viveiro de Lojas, um projecto de sucesso encerrado sem qualquer alternativa para os empreendedores que ali trabalhavam". Por outro lado, aponta que o regulamento da galeria está mal definido, os critérios de selecção são pouco claros e a sustentabilidade do projecto a longo prazo é inexistente. "O executivo avança sem escutar os artistas, sem garantir transparência e sem sequer demonstrar um mínimo de planeamento estruturado", indica.

No que respeita à definição das tarifas de um novo parque de estacionamento na Estrada Monumental, a Confiança diz levantar sérias dúvidas, pelo que se absteve. "Qual o impacto desta decisão na mobilidade? Como se encaixa no planeamento da cidade? Quais os benefícios reais para os cidadãos? Nada disto foi devidamente analisado, e a pressa em aprovar medidas sem bases sólidas reflecte bem a falta de rumo da governação PSD", considera.

O comunicado termina com a garantia de que esta coligação vai continuar a denunciar a gestão "caótica e irresponsável", exigindo "maior transparência, planeamento e políticas públicas que verdadeiramente sirvam os interesses do Funchal e dos seus habitantes". "A cidade precisa de visão estratégica, e não de um executivo que gere os seus destinos ao sabor das circunstâncias", termina.